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16/02/2010

Meu doce pecado...

Na vida todos temos 
Um segredo inconfessável 
Um arrependimento irreversível 
Um sonho inalcançável 
Um amor inesquecível


Perco-me em sonhos
Se lembro teu corpo
Se sinto o teu beijo

Se penso… desejo…

E és fogo nas minhas veias, sedução…
Meu doce pecado
Ontem... Hoje e Amanhã ...


*****
nn(in)metamorphosis
2010.02.16



17/01/2010

Ausência de pensamento...




E enquanto o leve vento passa
a evasão de mim...
acontece
na ausência de pensamento...
torno-me etérea
e por escassos segundos, deixo de ser matéria 
e faço  parte do universo
em pleno...

******
nn(in)metamorphosis
2010.01.17


11/01/2010

Na corda bamba


Na corda bamba da vida mais um ano passou como nuvem que se esfuma. É o inicio de outro que se constrói sobre sonhos e promessas. Neste palco onde nos articulamos, desfilamos sentimentos, repetimos gestos, trocamos frases, vimos rostos e... o que fica? Quem fica?...


Quem ficou, mesmo não estando presente, caminha a meu lado... será um sorriso, uma palavra, um gesto, será para sempre em mim a memória do que foi!
Aos que passaram, aos que ficaram, obrigado por serem como são.
Alguem que ficou diz:
Como é triste quando só se permanece memória!...
Onde a afeição que resiste, borboleta?!...
Tu voas... eu choro.
A esse alguém eu respondo:
No coração, mas só fica quem quer ficar
Muitas pessoas passam, apenas passam... mas nem por isso deixou de ter importância a sua passagem, as suas palavras, gestos e atitudes, de algum modo elas terão contribuído para o meu crescimento.
Deixo livres, todos os que gosto e amo
se se vão, voltam ou ficam, talvez seja porque eu tenha merecido.
Eu voo, eu sorrio, mesmo que por vezes chorando
O Criador saberá o que faz
eu apenas agradeço, por cada dia vivido
por cada luta vencida
e até por cada vez que sou vencida, se com isso cresço.


*****
 2010.01.11
nn-(in)-metamorphosis



10/01/2010

A vida por nós pintada...

Mais um ano que finda e outro que se inicia.
Aproveitei a noite, a insónia, para mais uma, das muitas, conversas comigo mesma. Daquelas, onde não nos mentimos, não nos engamos, e nesse espirito fui pensando no que foi a minha vida no ano agora acabado, como a tinha pintado?
Não sendo pintora, todos acabamos por sê-lo, pois pintamos a cada segunto a tela que é a nossa vida, eu, teimosamente, insisto em pinta-la de rosa, talvez rosa demais…
Pintei castelos, damas e cavalheiros, gestos, carinhos, delicadeza, musica de fundo, paixão e volúpia, versos, lareiras e vinhos… prosas e poesias… Pintei tudo o que uma mulher romântica, como eu, deseja, sente, sonha…
Peguei na minha tela e deixei-a por instantes ao relento, para que o tempo pintasse um pouco de mudança,
E a chuva veio…
e pingou, molhou, manchou e tornou o rosa... menos rosa… Ao seu corpo, agora molhado, a chuva tinha tirado um pouco do romantismo inato, tão entranhado em mim… Talvez agora viesse ao de cima a razão inquieta…
E a razão veio…
chegando victoriosa e trazendo um meio sorriso trocista, e como eu entendia esse sorriso…
Desse modo apoderou-se da tela, agora manchada e pegou no pincel distribuindo pinceladas por aqui e por ali mas… sem técnica, sem emoção sem inspiração… as cores não se misturavam… a razão tentou… tentou mas em vão.
Peguei-lhe na mão gelada e juntando o pouco romantismo deixado pela chuva, deixei que viessem a sensibilidade, a inspiração, a emoção, a paixão o amor e que em unissono respirassem e a aquecessem…
Fui guiando cada pincelada...
e a razão foi aprendendo, por vezes guiada… em outras guiando...
surgiu assim uma parceria e juntas estamos a pintar uma nova tela, mais um ano de vida, querida com equilibrio, onde a razão e a sensibilidade andem sempre de mãos dadas…
Nesta parceria...
não se perde, não se ganha
Aprende-se…
A domar a emoçao, a ouvir a razão…
mas sem nunca, perder de vista o romantismo...

venha o 2010
tenho o cavalete junto à janela
a paleta está cheia de novas cores
estou pronta…


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 2010.01.10
nn-(in)-metamorphosis


31/12/2009

Tenho dias...


Tenho dias coloridos e dias com ausência de cor.


Tenho dias… cinzentos, de chuva e tristeza,
Tenho dias… de sol, de alegria e riso, de música e muito amor.
Tenho dias… em que me sinto linda, outros uma quase nada.
Tenho dias… em que voo e outros em que olho o céu e pareço ter perdido as asas do sonho.
Tenho dias… em que sou poema, apaixonada, plena e outros em que sou estrofe desenquadrada.
Tenho dias.. de duração infinita e outros que passam mesmo sem os ver.
Tenho altos e baixos. Tenho excessos e carências. Tenho desejos… e às vezes nem sei o que tenho.
Tenho amor para dar, que não sei , se não o sabem receber, ou se, não o sei entregar
E tenho…. Momentos felizes que gostaria de eternizar

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 2009.12.31
nn(in)metamorphosis

02/12/2009

Teimosamente


A vida teimosamente
me mantém viva
Até quando morro aos pouquinhos
me mantém lúcida
e em sintonia com o tempo.

Estou de pé
Decidida para o horizonte
seguir

Que o sol nasça e se ponha
e que nem os mosquitos
me roubem o silêncio

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 2009.12.02
nn(in)metamorphosis

18/11/2009

Momentos

Sou incapaz de sentir com letra MINÚSCULA


“A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade!”

A vida é feita de momentos, momentos que registo em papelinhos escritos e cada dia que passa, lhes dou mais e mais valor.

Para os guardar tenho duas caixas, uma grande e por vezes curta, a que chamo “memória” e uma outra, mais pequena mas não menos importante, a que chamo “coração”.

Na maior, eu guardo as decepções, as quedas que fui dando pela vida fora, os olhares e as palavras vãs…sui generis esta caixa, por mais maus momentos que lá guarde, nunca os encontro todos, quando o seria preciso, de compartimentos vários, e diversos modos de arquivo, alguns papelinhos estão quase imperceptíveis, de outros, algumas palavras e até mesmo frases inteiras estão apagadas, levadas pelas ondas da vida, a que vou chamar “esquecimento”… mas,

porque se desvanecem?

mesmo sendo maus, e por serem maus, esses momentos, deviam manter-se vivos e legíveis, para nos deixar em alerta, mas não, uma e outra vez o “esquecimento” permite que venha mais um desses momentos que ninguém pede, deixando no inicio muita amargura, muita revolta, e ao fim de algum tempo uma melancolia, ou mesmo uma aceitação apaziguada, que lembrada… faz reviver o momento, faz cair uma lagrima.

Outros papelinhos ficam, com escrita indelével e perduram no meu coração e fazem de mim o que sou...
E juntos, fazem o que eu chamo de momentos de felicidade, porque felicidade em si e num todo, não acredito que haja…

olhares, palavras, vivências, recordações e saudade!

guardo-os na pequena caixa, que abro, olho, mexo e remexo sempre que preciso encontrar o meu sorriso, para continuar o meu caminho, a minha vida…

tenho-a neste momento aberta
qual escancarada janela
preciso levantar-me, erguer a cabeça e andar
preciso do meu sorriso, nela encontrar


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nn(in)metamorphosis
 2009.11.05

17/11/2009

O resto? o resto o tempo fará...






Tenho andado um bocadinho, tristonha, apática, quase letárgica, fico assim, sempre que a vida me maltrata… vida? Não!... Não é a vida, são mesmo as pessoas… mas, nada de preocupante, é temporário, tem sido sempre assim e desta vez não será diferente, eu volto a levantar-me.

Para que consigamos, ser timoneiros de nossas próprias vidas, é necessário ir fazendo pequenas paragens, para arrumarmos a embarcação. Primeiro, desfazermo-nos do que nos é nefasto, depois… do que não nos faz falta nem contribui para que a viagem seja agradável, arrumar no lugar certo, o que mesmo não sendo preciso, a toda a hora, sabemos estar lá (é de importância vital sabermos isso) e por fim, dar lugar de destaque, ao que nos é absolutamente imprescindível, para continuarmos a ser viajantes, neste barquinho, que somos cada um de nós, neste mar imenso que são as relações humanas no seu todo.

Está a chegar o momento, já o sinto, de olhar uma última vez para os acontecimentos, e já consciente após a paulada, escrevê-los num papel e colocá-los na caixa grande.

O resto? o resto o tempo fará...

Tempo… o tempo tem culpa de muita coisa, e aqui, também é culpado, está cinzento, e acinzenta-me… preciso de algum tempinho, para ir buscar a fatiota amarela de sol e com ela vestir o espírito. Assim que a encontre, encontrarei também vontade e força, agora que levantada estou, para erguer a cabeça e seguir mar adentro, nesta minha viagem.

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nn(in)metamorphosis
 2009.11.03


01/11/2009

Ironia...


Ironia
é sermos ausência... na nossa presença


é ouvirem-nos, mas... não nos escutarem


é olharem-nos, mas... não nos verem


é o crescer da raiva... no ser em agonia


no mundo do parecer...
é urgente... atitudes ter


mais que prosa, mais que poesia

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nn(in)metamorphosis
2009.10.30


21/10/2009

3 Palavras...




3 palavras apenas  (iniciadas por “TSS” )


Na calma, aparente, de mais uma manhã, igual às demais manhãs, um toque de mensagem ecoa e por breves minutos, deixa em suspenso, uma vivência preenchida de muitas ausências de mim - três palavras lidas num sms onde mais constavam mas… essas… plenas de intenção, tão parcas de emoção, originaram descarga eléctrica, curto-circuito, e de repente vieram à mente… momentos vividos no descobrir, no aprender, no deixar-se ir e simplesmente sentir…passados? Presentes? Sonhados? Que importa? Se .. de espanto, de espasmo, de encanto... de sonho.
Como 3 simples palavras podem ter tamanha força...? Não quero lembrar...
porque a cada lembrança, meu ser se agita e grita… reclama e clama … e não sei como o acalmar…


Bom seria, do sonho, não acordar

*****
nn(in)metamorphosis
2010.10.21



15/10/2009

Mãos cheias de nada



Na procura do esquecido,
mas sem ter o que lembrar,
com mãos cheias de nada
pensamento cheio de tudo
passos dados, agora sem onde
cabe olhar, sorrir, caminhar
Na procura do esquecido,
mas sem ter o que lembrar,
meio a medo,
descobrir
que sempre lá esteve,
escondido
com vergonha de se mostrar…
e se descoberto um tantinho
cabe pois, aprofundar
com mãos cheias de carinho
pensamento cheio de vontades
e desejo no olhar…


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nn(in)metamorphosis
2009.10.15







12/10/2009

Enfim... de novo juntos



Cumpri a promessa feita há 19 anos, a de vos reunir na única que vos separou... a morte. Embora vos tenha perdido aos 2, em apenas um ano, só hoje o pude fazer.

Tal como diz a lápide, ninguém jamais separa o que o amor uniu.

Estão agora, de novo, juntos…
Um beijo saudoso e do tamanho do mundo desta vossa filha


Esta noite sonhei contigo




Esta noite sonhei contigo
Nunca te vi o rosto, apenas a tua mão segurando a minha mas, sabia que eras tu... e sabes, os momentos sonhados não eram tão velhos assim, mas a minha imagem era a de criança ainda de rabo de cavalo bem louro.
Andamos pela nossa cidade e tu levaste-me ao Majestic e eu vi os meus olhos brilharem de contentamento diante daquela torrada bem lourinha com muita manteiga como eu gostava…gosto? Já nem sei…
Tanta coisa se passou na minha vida, tantas e algumas tão más e tu não estavas cá, e eu precisava tanto do teu colo.
Perdi-te, e na hora da despedida , pediram-me para dizer alguma coisa… dizer o quê? que não escolhemos os nossos pais, mas se pudéssemos, era a ti que eu tinha escolhido.
Não te disse adeus e há quem diga que o devia ter feito, mas adeus é para quem morre, e tu Pai estás bem vivo no meu peito.
14.03.2009
10h35, saio da gare de camionagem na Batalha, paro… e um sol lindo acompanhado por uma aragem fresca abate-se sobre mim, como que a dizer.. bem vinda a casa.
As lágrimas rasam-me os olhos… que saudade… nem eu, tinha noção do seu tamanho.
E fui andando, olhando tudo como se fosse a primeira vez …. Pessoas que passam, fixam-me como se perguntando, chora e sorri!!!???
Fui ao Majestic, tomar café contigo pai… e houve um momento em que senti que, se esticasse o braço te tocava.
Da emoção não falo, porque não sei descrevê-la por palavras.
Saí e deambulei por aquelas ruas, está tão diferente pai, nem parece a nossa cidade… falta-lhe o teu e o meu riso, que dizem ser tão iguais, falta a mão que me dava segurança e me fazia sentir dona do mundo. Caminho e apenas sorrio, porque saudade não ri, somente sorri por entre lágrimas…
Até breve… eu vou voltar mais vezes


*****
2009.02.25
nn(in)metamorphosis


Se saudade matasse…





 
Acho que hoje não estou bem
Tem algo que me aperta o peito
E aquela alegria superficial se vai devagarinho
Como as nuvens no céu
Eu poderia quebrar o espaço de tempo
Que há entre eu e tu
Mas já não acredito em magia


ah!... mas se saudade matasse...
o meu mundo desabaria por falta de ti


Sinto que hoje não é o meu dia
Sinto que estes anos não foram bons dias
Acho que se eu pulasse
Com todas as minhas forças
Eu poderia chegar até ti, num só segundo
E um piscar de olhos seria lento demais
Para acompanhar as batidas do meu peito
Ao voltar a ver-te


ah!... mas se saudade matasse...
o meu mundo desabaria por falta de ti


Porque, se saudade matasse…
África… eu já teria morrido

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2008.11.12
nn (in) metamorphosis




11/10/2009

Mais uma noite…

Mais uma noite, de olhar fixo no pensamento
Viajo ao imaginário…
Perco-me no tempo e nas memórias…
Ouço os passos que não dei…


Desperto com o estalar do fogo,
fogo que só tu sabes atear
E esse calor, invade o meu corpo,
E aumenta em mim
uma chama difícil de conter ou dominar


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nn(in)metamorphosis
2009.07.12





Jogos de sedução


Joga comigo um faz de conta,

Põe-lhe um quê de proibido
Mexe com a essência,
com a libido
E como fica excitante
Esse encontro escondido

Um simples toque de mão
Faz o coração bater forte
Faz explodir um vulcão
E já não há quem suporte

Mistura de medo e paixão
Um não que é um sim,
um nim, mas nunca um não
Um só hoje, nunca mais
Mas… arrependimento jamais

São jogos de sedução
Num explode coração
De palavras obscenas e entrecortadas
E desde logo perdoadas

Que temperam a vida
Que lhe dão sabor
E num faz de conta
Dão sentido ao amor

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nn(in)metamorphosis
2009.06.22






09/10/2009

Interrompe-se a solidão



interrompe-se a solidão
Quando em ti, encontro o meu espaço num abraço
No teu sorriso um abrigo
Quando tempo e espaço deixam de ter sentido
E em ti encontro um amigo
Interrompe-se a solidão
Se meu corpo encontra o teu
E no teu beijo me deparo com o meu desejo
Se no teu fogo fico sem fôlego
E o teu carinho espelha o meu


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nn(in)metamorphosis
2009.09.30








08/10/2009

Sou uma borboleta Azul


Sou uma borboleta azul
do lado de dentro da tua janela
vejo o sol… vejo uma flor
Mas não posso ir até ela
Tens-me nas tuas mãos, mas não te doas a mim
encanta-te com o meu voar,
encanta-te com o meu bailado, que amar não é pecado
a vida não é martírio, posso levar-te ao delírio,
ser borboleta do teu jardim
Que queres que faça, que vou fazer…
serei eu a voar ou irei morrer…
deixa-me voar, não vou embora, eu vou ficar
presa em tuas mãos meu destino é morte
pensa na sorte… que deixarás escapar
Pois eu só desejava, te amar

*****
nn(in)metamorphosis
209.09.10



07/10/2009

Ausência de mim




Ausência de mim…

Hoje, se pudesse… caminharia na praia
e ao som do marulhar tentaria me encontrar

Ai…esta ausência de mim

Hoje, se pudesse… olharia o horizonte
e o sol eu veria no outro lado do mar
aqui, o céu está cinzento
e tal como eu
o sol esqueceu de se levantar

Ai… esta ausência de mim

Hoje, se pudesse… deixaria as minhas pegadas
na areia branca, da praia sem fim,
olharia o infinito cinzento… triste
como as minhas lembranças nesta ausência de mim


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nn(in)metamorphosis
2009.09.11




06/10/2009

Insana Insónia

Insana, esta insónia que me atormenta…

dá asas ao pensamento , adensa a imaginação,
e num segundo depois, já não sou um, somos dois

Insana, esta insónia que meus sonhos acalenta


faz-se de cama no chão, urgente, gemido, tesão
faz-se de cama de seda, de champanhe e de paixão


Insana, esta insónia que me alucina


sou plebeia, rainha, mulher madura, menina
apeada, coroada, fatal, felina


Insana, esta insónia que me entorpece


Faz-me esquecer sofrimentos, muitos ais, muitos lamentos
Faz-me lembrar alegrias, muitos sonhos, fantasias…


Mas de ti jamais esquece...

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nn(in)metamorphosis
2009.09.09




Não sei


Não sei…

Não sei, dos outros nada sei... e há muito que só falo por mim e mesmo assim, tantas vezes de modo contraditório, algo perdida numa procura constante de me conhecer.
Virgiana de signo, se é que isso quer dizer alguma coisa ou tem a força que dizem ter. Realista, pé no chão, pragmática, mas... tem horas, a cabeça num mundo irreal, feito à medida, que ninguém entende, mas onde permaneço, horas, noite adentro, escondida, como se fora a minha casa na árvore.
Não tenho facilidade, em falar por palavras faladas, o que por vezes sinto, e de tanto querer explicar, complico.
Também não sei escrever, deixo apenas que, pensamentos (sonhos, anseios, medos e vontades) se tornem palavra escrita, para eu mesma ler e me tentar entender.

Tem dias… que me sinto presa, acorrentada, num mundo que não entendo nem me entende.
Tem dias… que me apetece ganhar asas e ter coragem de voar mas, tem outros, em que me aninho nesse tão doce verbo amar.
Tem ainda outros, em que um vazio me assola, como se algo faltasse, e não, não é material, é querer, é toque, é um sorriso, um olhar.

Um amigo deixou esta afirmação/pergunta
“Escrever muito, dizem, que é derivante de um padecimento de angústia e de debilidade em viver; Ou será um modo de evitar paixões, ou antes sacia-las.”
Tudo junto, acho eu… agora que leio, por outro escrito, o que poderei ser por definição, alguém que padecendo de angústia e debilidade de viver, evita e sacia paixões no seu modo de escrever.

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nn(in)metamorphosis
2009.09.01


05/10/2009

Por vezes…


Por vezes, sinto-me perdida nestas encruzilhadas que a vida me propõe…
Por vezes trilho o caminho errado, para me aperceber se ainda me é dada oportunidade de trilhar o caminho certo…
Nestas caminhadas aprendi que há coisas que simplesmente não estão destinadas a acontecer, enquanto outras são simplesmente inevitáveis, independentemente da vontade de querer ou não evitá-las…
Se a vida me magoa, caminho à chuva e deixo que as minhas lágrimas se misturem, ou sento-me ao sol e deixo que ele as evapore…
de um jeito ou de outro, levanto-me e sigo em frente, mesmo que por vezes, leve apenas uma pequenina e ténue esperança, que no meu trilhar de caminhos certos e errados chegue ao fim, de pé, sendo sempre EU
Esta sou eu… com certezas, sonhos e contradições…
Estas são as minhas palavras, umas vezes entendidas, outras deturpadas…


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nn(in)metamorphosis
2009.08.25