Acredito que
escrever seja um acto solitário. Escreve-se por vários motivos e diferentes
serão, também, os objectivos.
Escreve-se para
partilhar, quer experiências, quer ficções.
Escreve-se por
profissão e por promoção.
Escreve-se experiências vividas, situações imaginadas, e situações ambígenas
- em parte vividas, em parte ficção - e, até, situações imaginadas que o autor
gostaria que tivessem sido vividas.
Escreve-se para exorcizar
sentimentos e pensamentos, preocupando-se, quem escreve, apenas com a função e
não tanto, com quem lê.
Na verdade, só quem escreve sabe o que o motiva, o que é real e o que imaginou.
E, essa é, defendo eu, a razão da beleza da escrita e da sua grandeza – enviar
uma mensagem e deixar ao leitor a liberdade de a interpretar a seu modo, de
acordo com as suas vivências ou com as suas necessidades no momento. Não sendo invulgar
que, um texto lido pela mesma pessoa, em períodos de tempo diferentes, tenha diferentes
interpretações. O estado de espírito do leitor contribui muito para tal.
Resumindo,
não é importante querer entender o que o autor quis dizer, que razões o
levaram a escrever aquele texto, ou a quem se dirigia. Ler é um prazer, e deve
ser usado como tal e para tal. Que cada um se preocupe com a sua interpretação,
com os sentimentos que o texto lhe inspirou, independentemente de quem o escreveu,
ou porque o escreveu. Que cada um saiba tirar prazer do acto, mesmo que o texto
lhe inspire tristeza, apreensão ou tão só indiferença.
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E agora, perguntam-se alguns:
Ela está a mandar um recadito?
Estou! :)
Oh perguntem lá
A quem?
Por enquanto - a um/a anónimo/a que se manifesta muito preocupado/a e sem
saber para onde cair – Se estou a morrer ou se fui abandonada.
Caro/a anónimo/a – Não se preocupe, eu estou bem e recomendo-me.
Como diria meu pai – o que estimo é o que lhe desejo.
noname
PS: Volte sempre e usufrua despreocupado/a do prazer que é ler :)
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2018-08-01
nn(in)metamorphosis