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22/06/2021

(Des)construção

 


 Eu

não sei de onde sou, mas
não sou daqui
Eu

estou de passagem, mas
não sei para onde 
Eu

tenho esperança e sonhos, mas
não sei se existo
Eu

tenho tantas perguntas, mas
não tenho respostas


***

2021-06-22

nn(in)metamorphosis



21/06/2021

Urgente

 

O mundo precisa de loucos

Loucos uns pelos outros 

 

***

2021-06-21

nn(in)metamorphosis


07/06/2021

(Des)construção

 

Rua da Índia, 76 - BIBLIOTECA.

 

Talvez, porque a minha vida foi feita por vários lugares, umas vezes porque a vida profissional do pai assim o determinava, outras, porque a política e a politiquice apenas olhando os seus interesses, não acautelam milhares de outras vidas. 

Seja qual tenha sido o motivo, fui sendo arrancada, daqui e dali, sempre que começava a criar raízes e, por isso, não dei conta de como a modernidade ia descaracterizando esses lugares que levava gravados na lembrança e no coração a cada mudança. Até que, ao voltar, os visitei, e me senti estrangeira. Que lugar era aquele? Não fora as pessoas que um dia conheci, eu seria uma turista, não uma filha da terra, ainda que adoptiva, que conhecia pelo nome o sr. do talho,  da dona da loja de tecidos, do café da esquina, da papelaria, de cada amiga construída, de cada colega de turma, de cada vizinho próximo, cada canto do jardim, cada rua.

Ao ler o post que referencio no inicio, tive a certeza. Sou uma desenraizada. Alguém que, há muito, grava no peito, pessoas, momentos e sentires,  mas já não enleia, em esteios de pedra e cal, as raízes. Porque essas, quando menos se espera, vem a mudança e corta-as, vem a modernidade e arranca-as em nome de qualquer estrada, qualquer praça, qualquer avenida, qualquer desejo de um poderoso, levando tudo à frente.
"
Dizem que é assim que os lugares se desenvolvem mas é assim que eles morrem também."
em Rua da India, 76


***

2021-06-07

nn(in)metamorphosis