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27/01/2013

Apetece-me




Apetece-me
a ternura docemente
o afago da voz quente
suave, delicadamente
soprado na minha pele
Apetece-me
beija-me os olhos, a boca
desenha com a ponta dos dedos
assim, sem mais receios
o contorno dos meus seios
Apetece-me
deixa que me revele
mesmo que no embaraço
sufocado no abraço
em que te unes a mim
Apetece-me
e olho-te travessa
deixo que o sorrir te enlouqueça
em sonhos de mel e jasmim
Apetece-me

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 2012.01.27
nn(in)metamorphosis

25/01/2013

Não sei como escrevê-lo


Porque não é prosa, não é poema... é um beijo.

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    2013.01.27 
nn(in)metamorphosis


20/01/2013

Cantigas ao desafio XXII




Egoisticamente sincero
half truth is a lie 

 Apetece-me comer a maçã proibida
Roubar o riso alheio
Colher a flor única
Consumir o amor doutrem
Apetecem-me coisas impróprias
Interessa-me pecar
Quero prevaricar
Adulterar
E gozar
Gozar sem me importar
Do que ao alheio possa causar
Não me apetece agradar
A não ser pra roubar
Tudo o que de bom possa agarrar
Sentimentos?
Não quero saber
Estou-me a marimbar
 


                    19.01.2013vc
(Cópia integral e devidamente autorizada)


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 Flagelo ou autocomiseração? 



O desdém, é a máscara da história 
Do homem na pele da serpente 
Indiferente, fere maçãs em vã glória 
O descontentamento se faz presente 
Rumina os cruéis ditames do destino 
Alma presa ao fado que escolheu cantar 
Ira tenebrosa escuridão sem tino 
Vil desterro sem volta de azedo paladar, é
Agridoce o sabor que na vida avulsa 
Muito ódio muito amor, que 
O mesmo que canta a raiva, de 
Raiva canta o prelúdio do amor que em si pulsa

      2012.01.20 
nn(in)metamrphosis