O espaço será o de cada um, sem atropelos, e a onda, é passar o perigo com alegria, e muita banga.
Se não abrirem à primeira - aquele truque do F5, resulta sempre :)
O espaço será o de cada um, sem atropelos, e a onda, é passar o perigo com alegria, e muita banga.
África, sempre ... África
Desta feita, um Concerto de Timbila.
Moçambique
Música na mão, no corpo, no coração
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Obrigada
Decidiu manter-se muda enquanto perscrutava o horizonte. Sabia que: A poesia morre quando se deixa que as palavras se sobreponham ao sonho.
Tem por nome Calma, vive longe.
Conhecemo-nos, mas de tão pouco nos vermos, quase a esqueci, quase me esqueceu.
Um dia destes, cruzamo-nos, agiu como se não me conhecesse de todo. Ia passando em jeito manso e como quem não quer nada, levantou a mão, saudou-me com um aceno leve.
Perante tal, não lhe dei muita importância, limitei-me de forma educada a retribuir o aceno e a sorrir.
Foi nesse preciso momento que de chofre me questionou:
Porque sorris?
Apanhou-me desprevenida e no imediato não soube o que dizer, mas logo de seguida retorqui: e porque não deveria sorrir?
Olhou-me nos olhos e numa voz suave disse: Não deixa de ser estranho… Estás sempre preocupada, a tua cabeça é um vulcão, a tua alma um desespero constante, o teu coração bate até doer, e os teus olhos não choram.
Pois, mais que lamentar sinto, e estarei errada quando desfaleço, e desde que acordo até que me deito me concentre nas agruras da vida. Às vezes, forço-me a pensar que a vida é o que dela fazemos mas, eu sei e tu sabes, que não é bem assim… A nós, apenas e só, cabe decidir se enfrentamos ou não o momento que se nos depara, seja ele bom ou mau, mas há momentos em que não temos escolha, porque o momento tem o tamanho de uma vida.
A Calma serenamente atirou-me:
Mas tu não foste sempre assim…
Eu sei, que não… Na verdade a vida foi tão diversa e tão cheia de coisas… E coisas houve em que não te consegui enfrentar ou mesmo aceitar e desesperei... Porém, houve também momentos em que soube que me podias ajudar ao trazeres-me a sabedoria, a sensatez, a alegria, a serenidade.
Por tudo isso, te sorri agora, e te sorrirei a cada vez que, a causa da minha luta, sorria, de forma segura, forte, pura e real que de tão real, a ti, Calma, juro, te sorrirei.
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2020-11-16
nn(in)metamorphosis
Gregorian Moment of Peace
Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio…
Clarice Lispector
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2020-11-14
nn(in)metamorphosis
Sexta, fresca e de sol envergonhado.
Não vou publicar fotografias... Não é que não as tenha... Tenho-as... Mas não me apetece... Apenas aqui vou registar umas breves palavras... Dizer apenas que hoje é sexta, cinzenta, triste, fresca… Uma aragem que não sei se sopra de Norte ou de Sul... Um sol baixo, que não aquece, bate directo na varanda da casa em que habito. Não choro, apesar de existir um grito, que se vai tornando antigo... O grito, dentro de mim, que não sai... A lágrima que não cai... A dor que não se esvai... Apenas subsiste, persiste nesta sexta de colorido tão triste... Não publico fotografias, apenas porque não quero... Ou só porque não sei o que quero... E a aragem sopra, agora, mais forte e é o único som que ecoa no meu coração... Mais um dia que caminha para o seu fim... Começou assim, cinzento, logo pela manhã...
Neste momento olho estas teclas e não sei o que fazer... Fechar a publicação, escrita há já umas horas e, talvez... Carregar na tecla enter... Hoje, foi uma sexta triste, cinzenta, de Outono, que nasceu, para dela se gostar... Mas eu não gosto dos dias assim, mas há-os, existem e estão dentro de mim...
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nn(in)metamorphosis