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27/09/2017

Das manhãs e dos ruídos


Vou sorrindo à manhã que começa calada e se vai enchendo dos ruídos da vida.   *****2017-09-27nn(in)metamorphosis

21/09/2017

Sabeis vós, porque Amor se chama Amor?






Ainda por terras de D. Dinis


Fazia o Senhor Rei D. Dinis e a sua Santa mulher, a Rainha Santa Isabel, uma mais demorada pousada em Leiria, talvez para descansar dos muitos a fazeres do seu alto cargo. Um dia, o Rei passeando no seu fogoso corcel, galopou, galopou, campos fora, e, lá longe, num pequeno lugar vê uma camponesa formosa como nenhuma outra se vira ainda em muitas léguas ao derredor.
Apaixonou-se o Rei pela camponesa e ali, naquele lugar, no meio do campo florido de papoilas e malmequeres, nasceu naquele dia um grande amor. As visitas do Rei ao seu grande amor continuaram e tornaram-se conhecidas nas redondezas, e, àquele lugar começaram a chamar Amor.
Também a Rainha soube dos novos amores do Senhor seu marido e Rei e, para lhe mostrar a sua reprovação sem o melindrar, mandou uma noite alumiar o caminho por onde o Rei, seu esposo, deveria regressar a Leiria.

D. Dinis, ao dar com as veredas, por onde voltava, com grande alumiação, de muitos fogachos, viu estar ali uma muda intenção crítica da Rainha, e exclamou: "Até aqui cego vim!" E o sítio onde começavam as iluminarias passou a chamar-se "Cegovim", que, por uma natural corruptela popular se chama hoje Segodim







A lista dos blogues que aderiram ao desafio - AQUI
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2017-09-21
nn(in)metamorphosis

A Lenda da Rainha Kianda




Cada rio, cada lago, cada poço
tem uma kianda
venerada e temida
transmite o medo
cultiva o amor
no negro do kimbo
 do pescador

Rainha kianda
sereia das sereias
vive no mar
mora nos rochedos
da Fortaleza de S. Miguel
perto da Praia do Bispo
e por lá
costuma passear

Num desses dias 
diz a lenda 
kianda viu um pescador
chorando
sua pobre e triste vida
e num momento de bondade
fez seu
um tesouro sem medida

E o homem enriquecido
tornou-se invejoso, egoísta
não lhe importava ninguém
mas kianda
que o vigiava
não gostando do que via
deixou-o sem um vintém

Há quem diga que kianda
à noite
passeia pelas aldeias
encantando vilas inteiras

E quem jure
Pelo “sangue de Cristo
que já ouviu o som
da rainha das sereias
e o ladrar de cães
ou mesmo
o cantar de galos
vindo de uma aldeia
condenada
a viver para sempre
no fundo das águas

 Fortaleza de S. Miguel - Luanda

 Praia do Bispo - Luanda


Fonte: Para além do conhecimento - ePORTUGUÊSe

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2017-09-21 
nn(in)metamorphosis 

A lenda da Moura Zara





Conta-se que D. Afonso Henriques na conquista do território aos mouros, chegou a Leiria e tomou a zona, talvez tenha tomado o castelo ou tenha erigido ele próprio um castelo relativamente rudimentar num morro bastante alto que existe no centro da zona urbana da cidade.
Tendo necessidade de prosseguir a sua conquista para sul, D. Afonso Henriques deixou o castelo entregue a uma guarnição relativamente pequena e continuou a marcha em relação a Lisboa. Acontece que os mouros que tinham fugido voltaram a atacar o castelo com forças redobradas e venceram a pouca guarnição que existia, que D. Afonso Henriques tinha deixado, ficou alcaide dessa nova reconquista moura, um velho e a sua filha. A filha, contam que era linda, de olhos esverdeados e que era extremamente carinhosa para o pai. O pai estava a começar a cegar, com os cabelos brancos, ralos e um dia estando o pai e a filha na muralha, estava a filha a pentear os cabelos brancos do pai e começou a ver ao longe, do lado norte, portando, do que hoje se chama o Arrabalde, umas medas, uns feixes de mato a ziguezaguearem e a andarem e a pararem e pergunta a filha ao pai, que já não enxergava longe:
“Pai, é verdade que o mato anda?”
Responde-lhe o mouro:
“Anda se o fizerem andar!”
A filha que era a Zara, não compreendeu o verdadeiro significado daquilo que o pai lhe estava a dizer e imaginou que o mato, que aquilo que o pai queria dizer era que o mato andava se o fizessem andar com magia, mas na realidade o que o pai queria dizer era que o mato só andava se alguém o empurrasse.
A verdade é que dentro de cada uma dessas medas de mato, estava um guerreiro de D. Afonso Henriques que voltou novamente a Leiria, aproximaram-se de vagar do castelo e tomaram o castelo, porque era realmente muitos, todos escondidos no mato e então a Zara e o pai, nunca mais deles se ouviu falar e dizem que a Zara ainda continua a aparecer no castelo.



Fonte: CEAO

Uma homenagem à Senhora minha mãe, uma Leiriense apaixonada por um tripeiro e pelo Porto - na voz dela, ouvi muitas vezes este fado (e se ela cantava bem)


Desafiada pelo:  O cantinho da Janita
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2017-09-21
nn(in)metamorphosis

Ilha dos Amores e a Fidalga



É deserta e paradisíaca
É a Ilha dos Amores
Não a cantada por Camões
Não, o paraíso construído por Vénus
Para os bravos conquistadores Lusitanos
Não se encontram Nereidas
Mas esconde mistérios e lendas
De donzela fidalga e filho de lavrador
Num proibido amor
Tem ruínas de uma torre
Tem pinheiro bravo e manso
Carvalhos, oliveiras
Tamargueiras e  juncos
Freixos, amieiros
Vegetação de beleza sem par
Senhora de três distritos e dois rios
 um deles é Douro






Terras e Lendas (desafio do -  O cantinho da Janita

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2017-09-21
nn(in)metamorphosis