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28/07/2012

Cantigas ao desafio X

Diz-me…
Tens tu,

Abraços que morreram em ti mesmo?
Beijos mordidos na própria boca?
Desejos aprisionados na fantasia?
Lágrimas que nasceram risos?
Olhares que morreram antes de chegar?
Palavras que não chegaram a ser?
Ternuras que se afogaram em si mesmas?
Vontades que se ficaram no intuito?

Não,
Não digas!
Apenas chora comigo

           *****

   2012.03.30
  nn(in)metamorphosis 

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Com tua licença, e com a devida vénia à nn Metamorphosis, prefiro este poema (re)escrito assim

Diz-me…
Tens tu,

Abraços que morreram em ti mesmo?
Muitos! Mas também muitos que nasceram de mim!
Beijos mordidos na própria boca?
Também! Mas quantos partilhados com outra boca!
Desejos aprisionados na fantasia?
Tantos! Quase tantos como os satisfeitos!
Lágrimas que nasceram risos?
Sim! Tal como lágrimas de alegria!
Olhares que morreram antes de chegar?
Claro! E olhares que nasceram antes de o serem!
Palavras que não chegaram a ser?
Milhares! Confundem-se com as que foram!
Ternuras que se afogaram em si mesmas?
Várias! Mas ressuscitam!
Vontades que se ficaram no intuito?
Sempre! Mas prontas a partir, como as que já foram!

Não,
não é complicado...
basta viver!

(adaptação OC, de repente, 28Julho2012)

A vida confronta-nos, muitas vezes, com a necessidade de mudança. Muitas vezes está nas nossas mãos escolher a metamorfose que se segue...


11/07/2012

Cantigas ao desafio IX



Quê?
Acertadamente errei
por não querer parecer acertado
porque se acertadamente tivesse agido
outro alguém passaria por errado
Se acertadamente poupei a outrem o erro
mesmo tendo passado por errado
então erradamente errei, pensando ter acertado
Nesta lógica mesquinha
dei por mim todo trocado
já não consigo discernir
entre o certo e o errado.

 2012-07-10 (vc)
cópia integral devidamente autorizada

*****
E porque não?

Com a pá da palavra tirar
O acertad da palavra acertadamente
o agi da palavra agido
poeta de trocadilhos
fica toda trocadinha
quando se pensa errado
mas não certo do seu erro
que não é dele é de outrem
mas de outrem que acerta
erradamente  também
ao aceitar do poeta
o erro que ele não tem
e nesta ilógica mesquinha
faço eu a baralhada
com a pá da palavra tirar
a palha da palavra trapalhada
o amor da palavra namorada
e o que sobra?
Nada!

      2012-07-11
nn(in)metamorphosis


07/07/2012

Cansada

Estou cansada, frágil, de sentido adormecido, sem toque da efervescência da quimera que prometia a sedução do abraço que eu sonhava... Cansada da sensação de vácuo do sonho sem ponta por onde me enlace...

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          2012-07-07
mm(in)metamorphosis


05/07/2012

Amor


Há momentos em que tudo parece desabar. As convicções que tanta força deu no passado, perdem todo o seu fulgor, esmorecem sem sentido. Viver não é fácil... Nunca foi! Mas, pouco importa. A dor torna a alma maior, mais cheia de "mundo". O sentido das coisas, nasce sempre dentro de nós, fruto de um indelével trabalho interior ou por factos exteriores e, a conjuntura perfeita para fluirmos de nenúfar em nenúfar, nasce como se pudéssemos tocar a lua.
Esses momentos de vida varrem toda a dor que possa existir na nossa memória, são a força motriz que pare a esperança, o acreditar em nós e nos outros, que nos permite ser donos do destino, do nosso destino. No entanto... Não haja ilusão, um dia, tudo voltará a desabar... O circulo recomeça e queda após queda, renascemos do nada, mais fortes e convictos. Por esta razão, nunca devemos esquecer de afagar a lágrima e a dor nos momentos de êxtase, nem perdermos a noção de como o sorriso e a paz de espírito já foram nossos companheiros nos momentos mágicos... Quando a magia parece ter acabado.
Afinal, meu amor... A magia nunca morre. Esconde-se por uns tempos... Simplesmente
E se deixares de ser o "meu" amor ou eu o teu
Não é grave
Verdadeiramente grave
Seria não haver amor sequer

*****
        2012-07-05
nn(in)metamorphosis