Menu Suspenso

29/12/2015

2015 - Balanço



Estamos a escassos passos de deixar para trás mais um ano e, com ele, todas as horas perdidas que não voltam mais.
Todavia, não vejo com maus olhos, esse ciclo de doze meses que agora finda, porque ao mesmo tempo, e de forma implícita, que nos diz que tudo passa, nos diz também, que tudo se pode recomeçar, com mais qualidade, com mais sabedoria

Tal como uma empresa faz o seu balanço ao fim de cada ano, também eu, me conto, me debito e credito em perdas e ganhos, me lanço a prazo e me disponibilizo no imediato.  me contabilizo numa demonstração de resultados.


Disponibilidades
Amizade, amor, carinho, beijos e abraços

Terceiros
Zerei quase todos os ressentimentos
*  Perdoei a quem me ofendeu

Existências
Família, amigos e inimigos de estimação (todos de saúde e recomendáveis) trabalho, saúde, dinheiro qb, alguma diversão e música, muita música.

Imobilizações
Responsabilizei-me por todas as minhas escolhas
Consegui ser surda à maior parte dos apelos negativos

Capital, Reservas, Resultados Transitados
Consciência tranquila, durmo pouco mas, muito bem

Custos e Perdas
*  Mas não esqueci

Proveitos e Ganhos
Agradeci as realizações, as vivências, as emoções
Fiz das derrotas ensinamentos

Resultados
  * Disponibilizei o que tenho de bom, aproveitou quem o soube colher
  * Mantive-me credora de terceiros
  * Alimentei-me das existências
  * Controlei o imobilizado
  * Transitei para o ano seguinte, a família que me resta,
     os amigos que já tinha, e os que estão em construção,
     para além de muito optimismo
  * Custaram-me as perdas mas, sigo em frente
  * Aproveitei tudo o que ganhei


E venha daí o novo ano
E que seja melhor, porque para pior chega assim

eheheheh

        *****
    2015-12-29
nn(in)metamorphosis

05/12/2015

Dos silêncios


Um dia, vou falar-te dos meus silêncios
E nesse dia, espero que me ouças


*****
2015-12-05
nn(in)metamorphosis


03/12/2015

Yessssssssss


Não sei em que país. Não sei em que mundo. Não sei em que galáxia. 
Mas, afinal,  parece que ela existe, e mesmo tendo os olhos vendados (assim ma apresentam, por cá, onde, que eu saiba, jamais assentou arraiais) tenho para mim, que tem o ouvido muito sensível ao vil metal. 
Bom, mas onde existe, posso afirmar que: vê para caraças e tem uma pontaria a toda a prova

ahahahahahaha

vídeo


*****
2015-12-03
nn(in)metamorphosis


02/12/2015

Natal 2015



O Natal dos meus sonhos
é aquele que é idealizado
no espírito
sentido no coração
e partilhado na solidariedade o ano inteiro



01/12/2015

Dezembro


É 1 de Dezembro

É Inverno
Faz frio, mas no ar, anda já um calor que só se sente, neste mês, nesta época, e que muitas vezes, faz de Janeiro, um mês longo e gélido.
O calor do subsídio de Natal, dos que o têm, dos que o receberam, aquece já as ruas, engalanadas de mil lâmpadas, que se adivinham, uma alegria morna, na noite, e pelas músicas que trespassam as portas das lojas, num convite, que só o olhar entende, nas montras das vaidades e necessidades.
E neste calor, que exala de homens, mulheres e crianças, de ar feliz, e que andam num virote, devagar, apressados, ou a trote, transportando os presentes enlaçados e ensacados a rigor, comprados com tempo, escolhidos pelos presenteados, que na noite de Natal, farão um ar de completa surpresa e contentamento.
Nada contra, embora Dezembro, seja para mim, um mês de muito más recordações , e já não me ilumine, nem o olhar, nem o coração.
O que me incomoda, é o outro lado. Aquele lado  das pessoas que, não receberam subsídio de Natal, nem o vão receber. Uns porque lho foram pagando a conta gotas e se diluiu numa já parca reforma, outros porque nem emprego têm, e o subsídio de desemprego há muito se foi. Todavia, para estes homens, mulheres e suas crianças, Dezembro também lembra festa, presentes, uma ceia em família  e... Não seja um familiar, um amigo, que ainda consiga ajudá-los, vão ter, apenas, um mês mais frio, uma noite mais triste.

É Dezembro

É Inverno
E estará sempre frio, até que uma única alma, o tenha que atravessar só, sem aconchego, sem uma sopa quente.


video

Cabe a vós, comentar

*****
2015-12-01
nn(in)metamorphosis


24/11/2015

Para lá...


... muito para lá, do que se diz, está o que se sente e não encontra palavras para ser dito. 
É emoção crescente, vira nome, vira gente, mas só na mente, ali, onde as palavras são mudas, o olhar perdido, e o gesto acarinha o vazio. 
Sabias?

*****
2015-11-24
nn(in)metamorphosis

23/11/2015

Guarida


imagem da net

Albergo no seio
todos os cansaços
todos os beijos
todos os abraços
a palavra e o silencio
a dor e a ternura
a guerra e a paz
o verso e reverso
o início e fim

Albergo a mudança 
da noite em dia
das palavras 
metamorphosis da poesia

*****
2015-11-23  
nn(in)metamorphosis


Romaneando


Aos ombros os dias e as noites, até a imensidão do mundo
Aos ombros a força e a fraqueza, numa luta diária, em mangas arregaçadas.

*****
2015-11-23
nn(in)metamorphosis





22/11/2015

Estertor


Atavio as palavras nos intentos, atropelo os sentidos, sentimentos, e vomito o alvo grito no silêncio

*****
2015-11-22
nn(in)metamorphosis


19/11/2015

Qué isso?


Pequenos gestos podem fazer a diferença?

sim! 
Podem desencadear uma corrente por simpatia?
podem! 

E o video abaixo, comprova isso mesmo.


Mas nem foi isso, que me fez trazer o video aqui. Foi  antes, as expressões dos rostos  que observam esses pequenos gestos. A surpresa, quase incrédula, como se só, naquele momento se tivessem dado conta que, pequenos gestos existem, não mordem e, fazem diferença.


Este admirável mundo do tamanho do nosso umbigo...


video

*****
2015-11-19
nn(in)metamorphosis


18/11/2015

Das linhas com que nos cosemos


É triste, verificar que há a cada dia, mais «bolsos» rotos, e linhas que prendem mentalidades.

E bolsos rotos, trazem, ao de cimo, fraquezas nunca antes descobertas
E linhas dão nós, e prendem, e apertam, causando estreiteza  e visão curta nas mentes.

*****

2015-11-18
nn(in)metamorphosis


13/11/2015

Só eu penso assim?

As palavras definham-se, nos LCD's dos Iphones, smartphones, tablets e afins, em conversas curtas, sem conteúdo, quase codificadas, numa linguagem esquisita, em que as vogais já morreram e os loooooool's proliferam.

Urgente, palavras vivas


Com boca - para que se ouçam no sussurro

Com olhos - para que dispam almas
Com mãos - para que ganhem corpo e arrepio

*****

2015-11-13
nn(in)metamorphosis

05/11/2015

Sonhos


... talvez,  os vá conseguindo esquecer, uma letra de cada vez


*****
2015-11-05
nn(in)metamorphosis

01/11/2015

Ó Tia dá bolinho?


Imagem da net

Já estás preparada, para o bolinho? já compraste as guloseimas? disse-me ela de rompante com um grande sorriso. 

Bolinho? guloseimas? falas do quê? 
Ora! exclamou com cara de quem me achava de Marte. Do dia do bolinho, dos miúdos, e lá me informou do que se travava e do que deveria ter, para lhes dar, (Rebuçados, bolinhos, caramelos, castanhas, nozes, etc) mas se dinheiro, melhor ainda, as crianças gostavam mais.

Na zona do país donde sou proveniente, não era uso as crianças irem, de porta em porta, pedir o bolinho no dia 1 de Novembro. Esta data, por lá, era vivida com algum recato e até tristeza, entre visitas ao cemitério, e o recordar de pessoas queridas, que já não se encontravam entre nós, mas que os mais velhos, nos faziam saber da sua existência,  e do quanto tinham sido importantes, naquela que era agora a nossa vida, ou não. 

A nossa festa, era mesmo o cantar das janeiras. 


Mas, voltando ao bolinho. Só quando vim parar à zona centro, me deparei com esse costume que, diga-se de passagem, tem umas broinhas deliciosas, seguindo receitas várias, não cabendo agora a discussão de quais eu gosto mais. Porém, cabe a discussão, de como é pedido o bolinho, e da forma como é feito que, diga-se de passagem, desde o primeiro evento me chocou. 



E passo a contar o meu primeiro encontro com esta tradição 

Depois de toda a informação, que a colega lá do escritório me tinha dado, passei pelo supermercado e comprei o que achei ser adequado às crianças e ao dia que se festejava, daquela maneira, e lá fui para casa, sem saber muito bem o que esperar. Mas nem foi preciso esperar muito, naquele ano, o 1 de Novembro calhava a um sábado,(tal como este ano) aquele dia em nos deixamos dormir um pouco mais, tão a ver? Pois...

Logo pelas oito da manhã, quiçá mais cedo, grupos de crianças, começaram a tocar à campainha, de forma incessante, (ainda hoje penso que traziam cola nos dedos) ao mesmo tempo, que outros, do grupo, já tinham subido  a escada, qual cavalgada desenfreada, e  davam murros na porta, quase de forma selvática, enquanto aos berros, diziam o que parecia ser uma  ladainha, de forma repetitiva.
"Ó tia dá bolinho, Se não leva no focinho"

Estremunhada, entre, o que raio!!!
Aaaah!!! Isto era o bolinho? 
Bolinho para quem? 
Eu estava a ser acordada mais à Bolada

Logo! ali! Não achei piada nenhuma àquilo, e muito menos à forma como estas crianças se apresentavam, pelo que, decidi nem sequer abrir a porta, porque se o fizesse, o bolinho a dar, seria uma reprimenda, feita de cara feia, pelo pouco respeito, pela propriedade alheia, e pela falta de educação demonstrada. 

Eu sou das que pensam que, educação a gente recebe em casa, e mostra-a nas atitudes para com os demais.

Tradições, até que gosto de algumas, e acho muito bem que se mantenham, mas que venham acompanhadas de respeito e educação, é bom, bonito, e eu gosto.

Nunca mais comprei guloseimas, nem abri nunca a porta, a estes grupinhos selváticos. Não mudaram nada em todos estes anos, acreditam?

Mas continuo a apostar nelas, as crianças, o melhor do mundo, e o espelho de quem as educa eheheheh


E agora uma guloseima, com uma frase também doce
Truz truz, sou eu
trago na saca um bolinho e um beijinho
Tu qué?


*****
2015-11-01
nn(in)metamorphosis


30/10/2015

Quem era?




Era e não era, no meio da ponte
Era nim, nem não nem sim
Era uma vez, e outra e mais outra
Era pau, para toda a obra
Era procura, em ser melhor
Era míope, e via longe
Era caminho, despido de destino
Era lunática, e vivia na terra
Era trabalhadora, mas não tinha patrão
Era musical, e não sabia uma nota
Era só olhos, quando se maravilhava
Era tristeza, nas imagens de fome
Era revolta, na página politica
Era insegura, nas multidões
Era firmeza, quando decidia
Era amiga, de tirar a camisa
Era irmã, sem religião nem cor
Era criança, na areia da praia
Era saudade, na linha do horizonte
Era ausente, de significado e órfã de razão
Era algo perdido, no meio do nada
Era mais uma, na multidão de iguais
 nada mais


*****
2015-30-10
nn(in)metamorphosis



12/10/2015

Trapos, Tralhas e Afins




Acabei de ler um post da Gaja Maria. http://pensamentosdeumagaja.blogspot.pt/

A GM é uma Senhora Gaja com bué d’estilo. Daquelas que não conhecemos senão do blog, mas que, pelo que escreve, e do modo como o faz, nos faz gostar dela.
O post fala de arrumação, ou melhor, do acumular de roupas e objectos, que já não se usando, há anos, mantemos ali, como história viva, da nossa história.

De notar que, essa história só ganha vida aí de 5 em 5 anos, uma manhã, uma tarde, muitas vezes apenas uma hora, quando nos dá uma pancada e decidimos fazer uma barrela, que se fica pelo pensamento, pois acaba tudo no mesmo sítio, ou na prateleira ao lado.

O certo é que acabei a reflectir sobre o assunto, e dei-me conta do quanto eu mudei, em relação a isso. É que eu mudei 160º num único dia, aquele dia. E é essa experiência que aqui deixo, tal como deixo a minha reflexão em forma de conselho.
Deixo, porque ninguém mo compra, tá?!!!

Depois daquele dia, que foram uns quatro dias, a desmantelar uma casa inteira, ou o que havia dentro dela, decidi sem que me apercebesse, que a seguir, era a minha casa que eu iria, não desmantelar, mas destralhar definitivamente.

A ideia de destralhar a minha casa cresceu e tornou-se urgente. A opção encontrada, para destralhar sem esvaziar a minha história seria: filmar, fotografar, qualquer forma valia, se depois conseguisse arquivar e desarquivar, quando a melancolia chegasse.

E assim foi: Vestindo aquela peça, que um dia, por obra e graça da ilusão de óptica, me fez parecer mais magra, e que agora triunfalmente ficava a nadar em mim;  ou numa tentativa frustrada de me enfiar numa outra, a coisa não descambou, mas os anitos trouxeram também uns kilitos, não devia ter vestido esta, quer dizer, vestir é uma força de expressão, o raio da calça não passou além da anca ahahahahah , estou a rir conseguem ouvir? É que depois de tudo isto, as imagens são, ainda hoje, a fórmula exacta para risos, quando visionadas. Aqueles monos emparedados num armário, ganharam vida e contam a minha história, que nem sempre é de risos, nem sempre é de choro, mas é nessa mistura, que se fazem as vidas e as histórias e a minha não é excepção.

Hoje, eu fico com uma ou outra peça mais marcante, e quase sempre nem é minha, mas de alguém que já partiu, ou simplesmente passou pela minha vida. Coloco numa daquelas caixas plásticas de arrumação e segue para a prateleira da garagem, aquela reservada, ao ontem...

Todo o resto, se ficou duas épocas por usar, é porque não vou usar mais, e  vai de imediato aconchegar alguém, fazer sorrir alguém, antes de se tornar peça de museu

Não fui sempre assim, passei a sê-lo após ter que esvaziar a casa do meu último tio vivo. Quanta coisa se acumula, e se torna inútil, quando poderia ter ajudado uma família, uma pessoa que fosse.

A partir daí, e na mesma proporção, o desapego por coisas e o apego a pessoas e a momentos, cresceu desmesuradamente.

Os benefícios:
Não darei muito trabalho a quem tiver que desmantelar a minha casa.

A quem decidir ficar comigo um pouco mais de tempo, na forma matérial, esteja certo que ocuparei pouquíssimo espaço físico. A minha história caberá numa caixinha de DVD, ou numa pen drive.

A quem ficar comigo, na forma emocional, é porque terei feito bem o meu trabalho, estando presente e ausente nos momentos certos. Cumprindo aquela frase do Bob Marley - "Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua ausência seja sentida" Neste caso, terei a sorte de viver, para além de mim, e ocuparei o espaço e o tempo, que quem me escolheu quiser. 

Em ambas as situações, é preciso que alguém tenha escolhido ficar comigo, há sempre o risco de ir parar, para além da sepultura, ao contentor mais próximo. 

Há que ser pragmático :)) 



Posfácio: O que realmente vale a pena guardar, eu guardo na memória e no coração, quando algum destes falhar, então, eu, já nada mais serei, que uma lembrança na memória e no coração, dos que me guardarem. Esse será o único testemunho da minha passagem.

*****
2015-10-12
nn(in)metamorphosis