Menu Suspenso

19/01/2022

Inverno

 

Arrefeceu de repente


rasgaram-se as nuvens negras
num tempo que nada poupa
e deixa a alma tremente
 
A noite já rasa, e  pede  calor de lareira
nas labaredas  acordo os sonhos
nas cinzas adormeço as incertezas
morre um toro incandescente de oliveira
 
Escuto, já não ouço o vento
nem a chuva a tamborilar no telhado
resta agora no ar frio o silêncio
e uma tristeza que toma assento
 
Inverno, frio de arrepiar
quem me dera já o sol
aromas adocicados
céu azul pássaros e mar

 

 ***

2022-01-09 

noname-metamorphosis



01/01/2022

Ano Novo com Chocolate

 

Tenho uma certeza quase inabalável, de que sempre foi assim. No último dia de um qualquer ano, se pede a Deus e a todos os Santos, sejam quais forem os deuses e os santos, um rol imenso de desejos que se gostaria de ver cumpridos. E se o novo ano não puder ser melhor que o anterior, pelo menos não seja pior. Os desejos pedinchados e enviados aos diversos destinatários, levam a inerente vontade de um cumprimento seguro. Ninguém lembra se no ano anterior, os pedidos formulados foram ou não cumpridos. Isso não interessa nada. Os desejos devem ser feitos na passagem de testemunho para um tempo novo. Claro que os tempos foram mudando assim como as mentalidades e até os desejos. Contudo, há alguns desejos que se mantêm iguais ao longo de séculos, como se fossem irrevogáveis nos contornos do rol de solicitações formuladas. Os outros, os que podem mudar, variam com a conjuntura, seja ela climática, política ou até social.

Assim, dando cumprimento à tradição, formulei, na passagem de ano, as pedinchices do costume e mais algumas, entre elas, as seguintes:

- Colheitas fartas cheguem aos nossos campos.

- Belas flores surjam nos nossos jardins, perfumando as nossas vidas.

- Saúde, Paz e prosperidade, para este mundo doente, sempre em conflito, sempre muito mais pobre que rico.

 

Nos 365 dias que nos esperam, havemos de nos encontrar, sem máscara, ou não, pelos corredores da blogosfera.

 

Até já!


***

2022-01-01

noname-metamorphosis



Dia Mundial da Paz

 01JAN





Ode À Alegria 

Ludwig van Beethoven


Oh amigos, mudemos de tom!
Entoemos algo mais agradável
E cheio de alegria!

Alegria, mais belo fulgor divino
Filha de Elíseo
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Tua magia volta a unir
O que o costume rigorosamente dividiu
Todos os homens se irmanam
Onde pairar teu voo suave

A quem a boa sorte tenha favorecido
De ser amigo de um amigo
Quem já conquistou uma doce companheira
Rejubile-se conosco!
Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma
Uma única em todo o mundo
Mas aquele que falhou nisso
Que fique chorando sozinho!

Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza
Todos os bons, todos os maus
Seguem seu rastro de rosas
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até a morte
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!

Alegres, como voam seus sóis
Através da esplêndida abóbada celeste
Sigam irmãos sua rota
Gozosos como o herói para a vitória

Alegria, mais belo fulgor divino
Filha de Elíseo
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Abracem-se milhões de seres!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos! Sobre a abóbada estrelada
Deve morar o Pai Amado
Vos prosternais, Multidões?
Mundo, pressentes ao Criador?
Buscais além da abóbada estrelada!
Sobre as estrelas Ele deve morar