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21/06/2016

Polvo à lagareiro


Pois é, a coisa hoje correu-me menos bem. Ida ao hospital da zona, pelas 11h da manhã,  hora de apanhar equipa médica, e saber a evolução da doença, de familiar.
A resposta dada com modos simpáticos foi: Se os resultados das análises continuarem estáveis, e o RX feito ontem mas, que a equipa ainda não viu, estiver de acordo com as expectativas, o doente irá para casa amanhã, com antibiótico para mais uma semana. 
- Mas Dra, o doente está com uma pneumonia, como sabemos que continuará a melhorar? 
- Não se preocupe, se houver retrocesso, voltará a aparecer a febre, e nesse caso, volta a trazê-lo.
Ah ok, percebi... mas, não entendi.
Hora de almoço para os doentes, teria que sair, por algum tempo, decidi então, que almoçaria ali por perto e regressaria para a visita normal. 
Entrei no restaurante, coisa simples, mas agradável aos olhos. 
Sentei-me, e uma senhora com ar de dona do local, informou-me dos pratos a sair no momento, ao mesmo tempo em que me entregava a ementa, caso não me agradasse o prato do dia. 
Abri a lista, dei uma olhada e li "Polvo à lagareiro" olhei a senhora e perguntei, demora muito a ser servido o polvo? não, uns 10m, foi a resposta. 
Muito bem, então polvo à lagareiro. 
Aguardei, um pouquinho mais que os 10m, e colocaram-me à frente, em prato de barro, o que parecia ser polvo, batatas a murro, e migas. 
Simpático o prato, só a cor do polvo não me convencia. 
Relutante, provei - Polvo? 
Aquilo era polvo? 
Aguardei que a senhora passasse perto e perguntei-lhe: Por favor, isto é polvo? resposta imediata -  não, são tentáculos de pota. 
Mas na ementa está escrito polvo e, foi o que eu pedi. 
Numa descontracção desconcertante, ouvi da senhora o seguinte: 
- A maioria dos clientes não sabe a diferença.
- Mas eu sei, respondi - ao que ela retorquiu
- A senhora queria polvo a 6€? 
Olhei-a, já com cara de poucos amigos. tentando que o tom de voz, não demonstrasse  a contrariedade em crescendo, e disse-lhe:  
- Eu, em momento algum a questionei sobre o preço. 
Esse assunto, não me diz respeito. 
- A senhora podia até ter-me servido caviar a custo zero.
- Da tenda sabe o tendeiro.
- O que eu sei, é que na ementa está escrito "Polvo à Lagareiro" que afinal não é polvo mas tentáculos de pota, e eu sinto-me enganada - a senhora está a vender gato por lebre.
- Não precisa comer, se não gosta. Pode pedir outra coisa.
- E pedi. Desta feita, uma posta de perca grelhada (que a senhora teve o cuidado de frisar - é perca, não é corvina) 
Com certeza, seja perca o que eu escolho, e perca que a senhora me venda.

E pronto, assim vai o meu país, cheio de xicos espertos e clientes tidos como - comem o que lhe pusermos à frente, desde que a ementa tenha nomes sonantes.

É triste, mas é o que se vai encontrando, uns que enganam, e outros que se deixam enganar, ou não.





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2016-06-21
nn(in)metamoephosis



20/06/2016

É hoje! É hoje!



É hoje, que ele começa
Quem? 
O Verão, ora pois!



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2016-06-20
nn(in)metamorphosis




17/06/2016

Ele é fruta ó chiculate


Olhem a loucura! Lindo






Recebi da Mia e gostei


Do sufoco



Alguém por aqui grita   

" a realidaaaaaade é uma prisããããããããão".

Eu queria dizer que não
mas não consigo





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2016-06-17 
nn(in)metamorphosis

15/06/2016

???



                                Indecisa eu?



                                                                               Não tenho a certeza  :)


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2016-06-15
nn(in)metamorphosis


Da pontuação



Tu. Reticências. Ponto final. Vírgula. 


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 2016-06-15 
nn(in)metamorphosis


12/06/2016

Da esperança




Percorreu descalça, as ruas da amargura. A certa altura parou, lavou os pés e pensou: ainda bem que o sangue não dói

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2016-06-12 
nn(in)metamorphosis


07/06/2016

Dos vazios


Metade de mim é vazio. A outra metade é angústia por me saber a esvaziar.


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2016-06-07
nn(in)metamorphosis