Trouxe daqui
Bob Dylan
Em 1953, o prémio Nobel da literatura foi atribuído a um candidato que demonstrou
a sua mestria na descrição biográfica e história, assim como pela sua
brilhante oratória na sua defesa exaltada dos direitos humanos. O
candidato era Churchill, e o ano de 1953 foi o que viu a subida de
Einsenhower à presidência dos Estados Unidos, o primeiro presidente
republicano depois de vários mandatos de democratas, que viu a morte de
Estaline, que viu a escalada da guerra fria, que viu o fim do equilíbrio
precário conseguido com o fim da segunda guerra mundial, que viu o
provável embrião da terceira. A escolha de Churchill foi a tomada de
posição da Academia Sueca, a única que um grupo de letrados sentadas
numa sala da Suécia, com um prémio para atribuir, podia tomar, face a um
mundo que estava a, a mudar.
Este não é um texto sobre Bob Dylan, tal como o Nobel da Literatura deste ano também não o é, na verdade.