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24/09/2015

 Porque eu sei, que tu sabes


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2015.09.24
nn(in) metamorphosis


Recebi da Mia - e gostei :-)





23/09/2015

Há lá coisa melhor?




Para guardar na memória, 
                      simples, com cheiro e sabor.

Uma caminhada na praia, ali, onde a onda se espraia, já quebrada. Cabelos ao vento, sol no rosto, que chega quente, como quem me trás notícias. Brilham-me os olhos, estampado na boca, um sorriso, daqueles quase idiotas mas, que não conseguimos deixar de ter, e vou-me enchendo de maresia, de perfume a mar, a imensidão.
Desde que me lembro, foram sempre as coisas simples que mais alegrias me deram, aquelas coisas que não se compram e, nunca entendi, que houvesse quem não me entendesse.
E seguindo, chutando a água de vez em quando, tal miúda traquina, dou-me a pensar, nesta pessoa que sou e como, por vezes, gostaria de ser diferente. Mas não dá, não pode, sou como sou, este é o meu carácter, terá nascido comigo, ou foi-se construindo, vivemos um agarrado ao outro, os dois fazemos um – Eu.
Agito a cabeça, como quem espalha os pensamentos, (re) ligo o modo simples, e penso… Mudar? Eu? Para quê? Se sou feliz assim!

Olho de lado, como se o quisesse enganar, mergulho…

Nada como a simplicidade das coisas simples, que de tão grandes, são muitos os que não as vêem, e não sabem o que perdem.

Vou atirar-me ao mar e dizer que mem purrarem :-)


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 2015-09-23
nn(in)metamorphosis


22/09/2015

Esperança



Quem terá inventado esta palavra?
E porquê?
E em que condição?

É das palavras mais fantásticas que conheço 

Incólume
     Não foi sujeita ao acordo ortográfico, mantém orgulhosamente a sua raiz no latim

Transversal 
     A tudo e a todos

Multifacetada
     Tanto designa a promessa que se coloca em torno de alguém, como  em  algo a atingir 
     pelos próprios, como designa uma gravidez, e até o tempo médio de vida é "esperança"

Indefinida
     Não tem cor nem sabor, não se apalpa nem se come, mas a ela se agarra a humanidade, 
     desde os primórdios, como se fora jangada salvadora

Controversa
     Temida, se nome próprio de sogra
     Idolatrada, se elemento de fé, quando já não há salvação

Definitivamente
     Em qualquer dos casos, estejamos certos, ela é a última a morrer


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2015-09-22
nn(in)metamorphosis

20/09/2015

Não dizemos adeus


Não dizemos adeus
à sombra que nos acompanha
no passeio ao sol da manhã
ao pássaro que pousa
antes de voar para outro lugar

Não dizemos adeus
à página que passamos
do livro que estamos a ler
à tarde que finda
antes de chegar a noite

Não dizemos adeus
Ao mar que se espraia na areia
À palmeira sobranceira
à folha que se liberta em cada cacimbo

Não dizemos adeus
à flor do maracujá
quando se transforma em fruto
ao som do kissange tocado
enquanto se aguarda o machimbombo

 e dissemos adeus


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 2015-09-20
nn(in)metamorphosis



Kissange/Kisanji (Em Angola)

Kalimba (em Moçambique)



15/09/2015

Do provecto desalento



É no seu pranto que mergulha a alegria
No silêncio do seu canto, luz de outrora
Descrente de uma louca fantasia
Que como um lobo esfaimado a devora
Fez da pele um retalho de agonia

Abandonada pelo sonho, luz ausente
No seu grito emudeceu a melodia
E do sangue se fez lodo sem corrente
Quem a salva desta podre decadência
Ser ou ente que intervenha, até a morte

Nem orgulho já lhe resta, só demência
Entrega a alma ao devir ou mesmo à sorte
Mira em volta, num torpor embaciado
No degredo do deserto em que desmaia
Por desprezo do seu próprio desalento
Quase cega, resta um sopro desfigurado

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2006-09-15
nn(in)metamorphosis

13/09/2015

Cantigas ao desafio XXVIII



Hoje até é um bom dia
para perceber se isto é mesmo isto,
ou se isto é aquilo.
E se isto for mesmo isto,
bom mesmo,
era isto ser aquilo,
para não ter que passar por isto.

E, posto isto,
vá-se lá entender isto,
que está mais que visto
que não é aquilo
e é mesmo isto!

Raios-parta Isto!

(Cópia integral e autorizada)
  
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E se aquilo
Que se quer isto
Não for mais do que um misto
D’isto e daquilo?

Lá se perde o equilíbrio
No meio da confusão
E o dia para analisar isto
Já nem se sabe se é bom

Raios partam 
Isto e aquilo
ou será aquilo e isto?

Ai!!! Que já se me deu um nó
Até sinto algo esquisito
Ai jesus, será um quisto?
  

2015.09-07
nn(in)metamorphosis


Um prazer novo


Talvez pelo feitio, que o tempo foi lapidando, tornando-o mais refinado, menos impulsivo, quiçá também, menos puro, menos espontâneo.
Talvez pela idade. Talvez pela circunstância da globalização dos problemas. 
Talvez por isto. Talvez por aquilo. Talvez por tudo junto. 
A verdade, é que seja qual for a causa, ou causas, cada vez mais, preciso deste prazer novo, gozado em períodos curtos, ou longos, mas que a não existirem, me condenam a uma asfixia dolorosa.
Preciso, de me rodear de silêncio.
Preciso, de um silêncio, que o único (re)corte que suporta, é um som musical de fundo, para que afunde, ainda mais ,o silêncio de que preciso.

Silêncio, que não é solidão, mas mera satisfação, de estar, eu, comigo.



 

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 2015-09-13
nn(in)metamorphosis



08/09/2015

Setembro-me



Setembro, mês de transição entre o Verão e o Outono e, é também o meu mês.
Embora esteja a chover, está quente, e eu adoro chuvas em tempo quente. É Setembro e Setembro-me, como quem se espraia ao pôr do sol, olhando o horizonte, enquanto no DVD, Carlos Santana me enche a alma com o Samba pa ti

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2015-09-08
nn(in)metamorphosis