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29/06/2019

Das Harriets with Chance, or not


Hoje, o dia nasceu cinzento e abafado. Aqui e ali, um raio de sol fura a densidade, e vem lembrar que é Verão. 
Na varanda, puxo a cadeirinha de leitura, no propósito de ler mais algumas páginas do “Esta é a tua vida, Harriet Chance” de Jonathan Evison. 
Ainda não me decidi se esta leitura vale o esforço dos meus olhos. Uma história de vida, uma mulher comum, uma vida  macilenta, adjectivos por demais conhecidos por um batalhão de outras Harriets, por esse mundo fora.

Um raio de sol mais atrevido, incide em cheio na página de papel reciclado e fere-me os olhos, sem óculos, desvio o olhar, que acaba preso no infinito que parece tão perto, acabando o livro a descansar no regaço, e o pensamento a deambular pelo já lido.
A monotonia, o desencanto pelo que, um dia, se sonhou poder viver, em contraste com a realidade, torna a vida macilenta, num rolar a baixa velocidade, que de tão baixa, permite que se sinta cada sílaba, como uma prensa que numa toada repetitiva – ma ci len ta - te aperta, te (de)forma, e já nem contestas, apenas aceitas como sendo o normal e, a tão desejada felicidade seja isso que tens: Um emprego que nem anda, nem desanda, casa própria, um futuro assegurado pelas poupanças, dois filhos criados, um marido que quase já não te olha.

Não sei, ainda, se Harriet irá espernear, dizer que quer mais, que merece mais, mas tenho as minhas dúvidas, atingiu já uma idade, onde as veleidades se podem pagar caras. Especialmente se se vive em função de outro, e do medo do que os outros possam dizer.



Até agora, o que li, só reforçou o que penso:

Viver e ser feliz, é mais fácil, enquanto uno.


Difícil é mesclar:

- O que eu quero, com o que tu queres.
- O que eu posso, com o que tu podes.
- O que eu acredito, com o que tu acreditas.
- O que eu gosto, com o que tu gostas – para além de gostarmos um do outro. 

E, não menos, se não o mais importante 

- O que eu espero de ti, com o que tu esperas de mim 

E, é aqui, que a sinceridade fica muito mais bonita no papel.


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2019-06-29
nn(in)metamorphosis 


 


27/06/2019

Saudade e Sabores


Novidades da sementeira.

Dos QUIABOS nem sombra, mas, teimosa, já ressemeei, agora num vaso maior e numa mistura de terras e adubos naturais diferentes. Vamos ver o que dá.

Já as MATIPATIPAS (Phisalys), não só pegaram em grande quantidade, como já transplantei para um vaso maior 4 pés que estão a crescer saudáveis. Não vejo a hora destas plantinhas se encherem de flores e depois num fruto que gosto muito.



Os GINDUNGUEIROS , foram os que mais cresceram e não tardarão  a encher-se de florinhas brancas,  para darem lugar a frutos inicialmente verdes, depois negros, seguido de um vermelho vivo quando maduros, para apimentarem a muamba, e não só.

 

E, por fim, a esperada, a desejada ROSA DE PORCELANA, numa folhinha  minúscula que, quase não via, mas, será? olha de mais perto, vá lá, põe-lhe a vista em cima. E era, uma folhinha que nasceu e procura o sol e me deixa o coração aos pulos, numa alegria desmedida, e num pedido, secreto, sussurrado na mente, por favor mãe natureza, fá-la crescer forte.

  

Por enquanto, todas vivem na minha varanda. 
Fazem companhia ao jardim suspenso da mesma.

 

05/06/2019

Sou...



a existência de um sonho.  E enquanto assim for, serei, tão grande, tão forte, quanto ele.


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2019-06-05
nn(in)metamorphosis


01/06/2019

Esta menina


... ainda está viva. 


 

Agora, num corpo com mais alguns anos, e menos anafada,
 mas nunca a mataram.

Feliz dia da criança!




PS: A cara de contrariada deve-se a: alergia a fotos e poses.
       Característica que mantém



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2019-06-01
nn(in)metamorphosis