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20/09/2019

Fuga





Como quem brinca às escondidas
foge do sol e da lua
para ser apenas sombra 
e passar discretamente

não era dali

 filha de Sicrano
neta de Beltrano
família conhecida na terra

mas ela

 não era dali, nem de lado algum
nem sabia ao certo
se isso a incomodava

O  dilema

era do nascimento
 a certidão
dessa não havia fuga possível

e ela sabia

o quanto um papel a manipulava
porque era nas suas entranhas
que nasciam as represas
se encurtavam os caminhos


***
2019-09-20
nn(in(metamorphosis 


5 comentários:

  1. Anónimo20/9/19

    Delicias-me...

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  2. Há que ganhar coragem, para tentar fugir das correntes que por vezes nos amarram e procurar novos caminhos.
    Belíssimo poema.
    Um abraço
    Maria

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigada pela visita, e pelas palavras.

      Boa noite

      Eliminar
  3. Palavras bonitas, que, acontecem por demais, muito até na juventude, nas idas às terras dos Pais...

    Beijinhos

    ResponderEliminar

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