Fragmentado ou a frustração do
vitral
Quem sou eu para além da negação
do que não fui
Nau que não navega
Porto que não alberga
Rio que não flui
Que será de mim?
Semente que não germinou
Terra infértil que não gerou
História mal contada por não ter
fim
De que serviu existir?
Se apenas expectativas gerei
Obra nenhuma completei
Fugindo da vida sem ter por onde
ir
Não sei se fui o que quis
Ou o que deixei fazerem de mim
Sei que o que muitas vezes fiz
Não vivi, não senti, não concebi
2012.05.10 (vc)
(Cópia integral e devidamente autorizada)
(Cópia integral e devidamente autorizada)
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Sou a parte de um todo
A
porção que é feita de nada
Sou
aquilo que a uns mete medo
E a outros mais agrada
Sou o enigma
O caminho do qual não se vê o rumo
E
quando alguém pensa que me achou
É
nesse
instante
que eu sumo
Sou o
pranto da tempestade
Sou o rebombar do trovão
Sou
quem
entrega um
olhar
Mas
que nega
o coração
Sou
mais do que eu própria penso
Mas
menos do que realmente sou
Sou
a
parte que mais acerta
Por ser a que mais errou
Sou só, cheia de gente
Acompanha-me a solidão
Sou
de
existência
real
Mas
que é feita de ilusão
2012.05.10
nn(in)metamorphosis
Não acredites. Não estás só, ainda que confesses estar "cheia de gente"... quando se forjaram laços de amor, numa cadeia de afectos.
ResponderEliminarO meu, humilde e carinhosamente,segue a tua aura. Mesmo que o não sintas, mesmo que o não vejas.
Abraço-te na solidão do dia que se esconde...