Já não arde o incêndio de antes
não queimam as horas na pressa de estar
o fogo fez-se brasa
e a brasa, calor
silencioso, constante
Os beijos já não se precipitam
chegam mansos, certos
como o sol da manhã que não precisa provar nada
conhece o peso e a leveza dos dias
guarda na memória o contorno das mãos
Não é menos amor por ser tranquilo
é mais
porque resistiu ao tempo
porque escolheu ficar
mesmo quando já não precisa
E, quando o mundo lá fora grita
é aqui que o coração repousa
na casa que se construiu
com o que sobrou do fogo
e com tudo o que nasceu depois
nn-metamorphosis
Li e reli. Que coisa maravilhosa!
ResponderEliminarUm abraço, dona no.
Obrigada, sô António
EliminarDeve ser do calor ahahahah
Abraço