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14/08/2025

Entre o Mar e a Saudade

 

Primeiro, mar. Muito mar. Por dias. A perder de vista, um horizonte sem fim que se perde no azul imenso.


Depois, terras vermelhas, palmeiras que balançam ao vento quente, o calor que se entranha na pele e os sons que envolvem a alma.

Assim se apresentou Angola (Luanda): com a sua luz, a sua cor, a sua vida… agora, saudade. Uma saudade que escapa, como areia fina entre os dedos.


A memória de Angola permanece comigo, como uma melodia distante. Aos poucos, perde as notas, mas não a intensidade do sentimento. 
Há muito não vejo as palmeiras a moverem-se ao vento que eu sentia no rosto, e o calor já não me envolve. No entanto, a essência de tudo o que vivi ali ficou gravada, imutável.

Angola vai-se afastando, como um eco que se desvanece, mas que nunca se deixa de ouvir.
A saudade agora é uma névoa suave que envolve os dias, uma lembrança que persiste onde o tempo e a distância não chegam.
 
Mas, por mais que se desvaneça
Angola será sempre parte de quem sou.


2025-08-14 - Entre o Mar e a Saudade
nn-metamorphosis




4 comentários:

  1. Onde se viveu e foi feliz, este por si é um lugar para ficar na memoria.
    Belo sentimento em poesia.
    Abraços

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    1. Obrigada. Dei uma olhado no "Mineirinho" muito que ler. Voltarei, com certeza.

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  2. Excelente escrita.
    O mar faz parte do meu 'adn'.
    Um abraço, dona noname.

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    1. Boa tarde, sô António
      O mar
      Majestoso – imponência e beleza
      Misterioso – enigmático, desconhecido
      Magnífico – grandioso, impressionante
      Abracinho :)

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