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11/11/2019

Capas, de Coimbra ou Não





Existem de Norte a Sul, não poupam classes, quase sempre subtis, até ao dia em que o verniz, por ser um acessório, estala.

Na vida precisamos ter muito cuidado para não cometermos uma injustiça com alguém, julgando-o como inconveniente ou maldoso, ao mesmo tempo que, precisamos estar atentos para não confundirmos pessoas que pretendem ofender com pessoas que pretendem corrigir/informar, ou manifestar o seu ponto de vista, eticamente.

Há muita maldade maquilhada de gentileza e solidariedade, sabemos disso.

Há casos em que, a pessoa que ofende, está tão mal intencionada que essa peçonha salta aos olhos, não só da pessoa alvo, com das pessoas circundantes. A ofensora pode até fingir, camuflar, mas a sua necessidade de protagonismo, acaba a mostrar a sua real intenção.

Não se põe a questão de falta de humildade em ser-se corrigido/informado por alguém, a questão é que determinadas pessoas nunca perdem a oportunidade de corrigir/informar outras pessoas sem expô-las ao ridículo, especialmente se têm assistência e podem com isso alimentar a sua vaidade, a sua arrogância, a sua autopromoção.

Tais pessoas poderiam, perfeitamente, ao identificar o que acham ser um erro da outra pessoa, apontar-lho de modo gentil e empático, e tentar ajudá-la, porém, elas aproveitam essa oportunidade para tentarem diminuir a outra e mostrarem-se superiores.

Mas não pensem que essas pessoas usam sempre uma postura arrogante nesses momentos, pelo contrário, algumas usam de uma subtileza a toda a prova, usam um tom de voz suave e fingem uma educação impecável (não confundir com formação académica). Entretanto, a pessoa ofendida, corrigida/informada, consegue discernir a intenção delas. Independentemente do nível intelectual, elas percebem e interpretam tudo, é algo energético.

Ninguém precisa ser “letrado” para identificar o sentimento de sentir-se ofendido, isso é inato, está no DNA humano. Porém, estas pessoas enganam-se ao pensarem que conseguem enganar com as suas atitudes pequenas, durante o tempo todo.

Para elas o meu pesar, a vida vai ensiná-las da pior maneira, se é que:  já não o está a fazer.   

 

***
2019-11-11
nn(in)metamorphosis 



4 comentários:

  1. Minha querida, este é um texto direccionado como um drone, e só se o/a destinatário for burro/a não entende. Muito bem escrito como tu sabes!Desculpa não ser assídua como mereces, mas ando um bocado a leste do paraíso, já que no meu país as maravilhas são uma m3rd4! Beijinhos! Quando vier da fisioterapia, talvez amanhã, ligo-te!

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  2. Boa noite Nomame!
    Bem, este texto está muito bem elaborado com um sentimento digno de um coração sensível, como o teu. Também não gosto de gente que para subir tentam passar por cima seja de quem for. (família, por vezes)! Como diz o tempo encarrega-se de fazer justiça! Força!
    -
    Beijo e uma excelente semana!

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  3. Se há de facto um alvo a quem diriges estas acusações e tens a certeza de estares a ser justa, podes ter a certeza que não há ninguém que consiga enganar toda a gente durante todo o tempo:
    " Pode-se enganar uma pessoa durante algum tempo, mas não se pode enganar toda a gente o tempo todo".
    A verdadeira essência das pessoas é como o azeite, vem sempre ao de cima, mas a deslealdade fere muito. Eu sei o que isso é!

    Boa noite e relaxe, Noname!

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  4. Marco Aurélio - Brasil12/11/19

    Nem se preocupe, pois a vida dá aos maus...o mal:

    Repasso-te um conto judeu:
    Há muitos, muitos anos, um homem foi ao campo roubar trigo e levou a filha com ele para que ela o ajudasse na tarefa. “Filha”, disse ele, “fica aqui na estrada de guarda para que ninguém me veja.” Mas assim que o homem começou a ceifar a filha gritou-lhe: “Pai, estão a ver-te.” O homem levantou a cabeça e olhou para a esquerda, mas como não viu ninguém continuou a ceifar. “Pai, estão a ver-te”, gritou a criança uma segunda vez. O homem levantou a cabeça e olhou para a direita, como nada viu continuou a ceifar. Passados mais uns minutos a menina gritou uma terceira vez: “Pai, estão a ver-te”. O homem olhou para a frente, mas não viu ninguém e continuou a ceifar. “Pai, estão a ver-te”, gritou a filha pela quarta vez. O homem olhou para trás e como não viu ninguém ficou irritado com a criança: “Então filha?! Dizes que me vêem mas eu já olhei em todas as direcções e não vejo ninguém.”
    A filha encolheu os ombros: “Mas pai, estão a ver-te dali”, disse ela apontando para o céu.

    Conto tradicional dos judeus da Tunísia, publicado pela primeira vez nos finais do século XIX pelo rabino Abba Shaul Haddad. Este conto é muito semelhante a uma outra história tradicional contada pelos judeus da Índia.

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