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01/08/2010

A Morte



Lido mal com a morte… lido? No final até acho que nem lido… pois não a interiorizo, fico numa espécie de entorpecimento (não é verdade, aquilo não aconteceu) e vou vivendo sentimentos profundos e emoções intensas de irritabilidade, tristeza, raiva, medo, desesperança por um longo tempo. Depois fica uma saudade, o sentir de uma ausência mas que não realizo como morte, mas como perda do convívio.


Se falo do assunto, eu assumo que morreu, mas não sinto que tenha morrido. Nunca soube que nome dar a este meu sentir a morte, até que ontem uma amiga me disse


“Vejo a morte como uma viagem que alguém fez antes de mim” 


Considerando que uma coisa da qual temos plena certeza é que um dia morreremos e bastando para isso nascermos, então a minha amiga deu-me a chave que nunca tinha encontrado. Os que já perdi por morte, não morreram, apenas viajaram antes de mim… 


Morreu António Feio? Não! Apenas viajou antes de nós





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 2010.07.29
nn(in)metamorphosis

1 comentário:

  1. Comecei desde cedo a lidar com a morte... mas até a comparei com uma festa, lembro-me bem.
    Mais tarde sofri e revoltei-me.
    Numa outra etapa da vida compreendi que chegasse para aliviar da dor os que amava e por quem sofria. Antes disso, achei que estava a ser egoísta, que a perda do outro/a me fazia sofrer por me fazer falta a convivência com os que, de facto, amava .
    Hoje... ainda que sofrendo com tudo e todos que vejo perecer e que, se puder, evito que sofra, creio ser uma forma de transmutação de tudo o que existe.
    Só não sei qual. Mas, se ficar alerta, um dia saberei.

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