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17/09/2025

Difíceis de lidar, mas com impacto

 
Estava sentada numa mesa de café, a meio da tarde, num espaço quase vazio. Fui convidada pela própria organizadora a participar numa reunião para juntar dinheiro e bens de primeira necessidade para uma família monoparental que após um divórcio, se reinventa e segue em frente..
 
Enquanto a organizadora esteve presente, o pequeno grupo, que me pareceu já se conhecer entre si, ao contrário de mim,  rodeava-a de sorrisos e elogios exagerados. Cada pedido ou ideia era imediatamente elogiado, gerando mais uma enxurrada de elogios vazios que soavam forçados e artificiais, destoando do objetivo da reunião.
 
Mas, quando a organizadora saiu e eu esperava para pagar o café, o ambiente mudou imediatamente. Surgiram comentários como: “É difícil de lidar”, “Raramente está de acordo”, “Dificilmente lhe ouves um elogio.” O contraste era evidente: enquanto estava presente, recebia elogios falsos; fora do seu alcance, era julgada e rotulada.
 
A experiência mostrou-me como a bajulação distorce a percepção das pessoas. Quem não se presta a esse jogo de elogios vazios acaba rapidamente rotulado de “difícil”, mesmo agindo com honestidade.
 
Só um aparte; Elas não sabem, mas, tal como a organizadora, eu sou das “difíceis de lidar”: elogios e bajulações ocas não fazem parte dos pratos que engulo, nem a custo.
 
Apesar de tudo, conseguimos reunir um bonito valor e alguns cabazes de compras não perecíveis, higiene e limpeza para alguns meses.
 
No fim, é isso que realmente importa: a ajuda que chega de forma concreta e útil. O resto é isso mesmo, resto.


***

2025-09-17 - Difíceis de lidar, mas com impacto
nn-metamorphosis 


1 comentário:

  1. Detesto a bajulação. Nada como o respeito e a sinceridade.
    Boa tarde, dona no.

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