Menu Suspenso

06/01/2017

Do lixo e do progresso

 
 
 
Desde há uns quantos anos, que decidi não acumular cacarecos inúteis , que me rouba espaço e tempo - já falei desse assunto AQUI   -  agora. o tempo é o de limpar a mente e dar real valor ao que na verdade me faz falta para ser mais feliz.
 
O mundo em que vivemos  é atravessado a cada segundo por informação meteórica, que mal conseguimos acompanhar. Coloca no vértice do tornado, agentes e vítimas de uma avalanche de mudanças a que nos habituamos a designar como progresso. Obviamente, que nos beneficia e facilita a vida, mas também cobra alto tributo, que a grande maioria tem  tendência a pagar sem sequer pestanejar. Fascinados pelos milagres tecnológicos e científicos, pelos tão sedutores e sofisticados artefactos que, hoje, somos capazes de produzir e consumir, abstraímo-nos do quanto eles nos privam das mais preciosas aquisições subjectivas, sociais e culturais.

Creio que foi Sócrates  que disse algo parecido com

"Estou apenas a observar quantas coisas existem e das quais não preciso para ser feliz."


*****
2017-01-06
nn(in)metamorphosis




8 comentários:

  1. Anónimo6/1/17

    Fui ler o "AQUI" e revi-me :)
    Eu, há muito, que deixei de acumular cacarecos, decisão tomada após ter vivido num apartamento durante 8 anos que quando fui para lá apenas tinha o essencial e assustei-me com o que acumulei nesses 8 anos!

    A felicidade não está no TER mas sim no SER...infelizmente a maioria acha que não!
    Beijinho e bom fim de semana noname :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois é BM, o consumismo desenfreado, consome e consome-nos :_)

      Beijinho em TU

      Eliminar
  2. é tudo uma questão de praticar o desapego :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Será também isso afilhado, mas também há o esquecimento do que se acumula e arruma aqui e ali. Se não nos lembramos sequer, então não nos faz falta. :)

      Eliminar
  3. Não sou dada a consumir desregradamente, mas isso acontece em relação a tudo e não só ao que às novas tecnologias diz respeito. Sempre me cosi com as linhas que tenho e essas, nunca foram novelos...Contudo, há coisas das quais me custa separar. Livros já lidos e relidos, de folhas amarelecidas pelo tempo, jazem em caixas no sótão juntamente com alguns brinquedos dos meus filhos. São pedacinhos da minha vida, dos quais me custaria muito separar, caso houvesse necessidade, por falta de espaço. :) De resto, só compro o que preciso.

    Beijocas, NN.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Entendo-te perfeitamente. Também tenho relíquias, poucas, mas de valor inestimável para mim.

      Beijocas Janita

      Eliminar
  4. Anónimo7/1/17

    Depois quando vamos passar uns dias numa terra perdida no meia do nada, numa casa com lareira e poucos mais, pensamos alto para nós mesmos...Adorava viver assim...apenas viver!

    bom dia

    :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sem dúvida, o primeiro pensamento é esse, mas e depois? Passados uns dias, uns meses, será que continuávamos a pensar assim? Nós, animaizitos de hábitos (maus) de facilitismo e dondoquices. Pergunto-me isso tantas vezes.

      Grata pela visita Moonchild

      Eliminar

NOTA: Os comentários são moderados
1 - Os usados para publicitar o próprio blog serão eliminados.
2 - Os outros, tão breve quanto possível, serão publicados.
Grata pela compreensão.