Manhã cedo, olha o quebrar da onda, pelo
meio da neblina. Tira as sandálias, e dá o primeiro passo no areal. Sente nos
pés um friozinho que lhe sobe à espinha, e a arrepia num prazer, enganoso, de
liberdade. Inspira, demoradamente, e o cheiro a mar, e a iodo, inebria-a. O mar
lava tudo, incluindo a alma e as saudades de outro mar e outras marés que,
estão para lá da linha recta que é curva e a que chamam horizonte. Desaparece
na densidade da neblina. Os gatos continuam pardos.
*****
2016-09-06
nn(in)metamorphosis
Os momentos são o que são, tal como a promessa dum bom vinho.
ResponderEliminar(Os gatos, ao fim e ao cabo, são animais capazes de surpreender. Ainda bem)
Uma boa semana :)
que belo momento, madrinha :)
ResponderEliminarOlha o meu afilhado mailindo quinté (olhos esgazeados e a perguntarem-se, sério?) (risos) - Tens razão, um momento surgido assim meio aos trambolhões mas, parece ter saído menos mau :))
EliminarHá coisas que o mar não consegue lavar Non, mas enquanto isso os gatos continuam pardos, é verdade :)
ResponderEliminarPois é, Gaja Maria, a água não lava tudo mas, enquanto o pau vai e vem, folgam as costas :))
EliminarBeijoca
À noite todos os gatos o são...
ResponderEliminar:)
Por entre a neblina também ))
EliminarSó acrescentar, se me permite, que os gatos, mesmo os pardos, miam para os céus...
ResponderEliminarBelo postal.
Abraço
Parece que nada nos diferencia, andamos todos à procura do mesmo...
EliminarAbreijo
O mar e as marés são as mesmas depois do horizonte...
ResponderEliminarO horizonte é apenas um limite à nossa visão!!!
Beijos Menina Sem Nome!!
Que faço então? Nado até lá, para ver mais longe?
EliminarAbraço míudo