Viajante fatigada
E de meu, não tenho nada
Só a saudade estafada
Só a tristeza agressiva
Que me abate a cada instante
Que leva meu sopro de vida
Nem sou filha
Nem sou mãe
Sou o sul não tendo o norte
Sou solidão ambulante
Das tristezas desta vida
Só me livra a própria morte
Viajante fatigada
E de meu, não tenho nada
Mas esse nada… é meu!
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nn(in)metamorphosis
2011.07.28
isso logo te passa.há dias assim, as minhas sextas que o digam lol
ResponderEliminarTodos os dias me soam mais ou menos assim....
ResponderEliminar30 Junho 2012
ResponderEliminarE vencida a fadiga
enchê-lo-ei de vida…
nova vida… minha!
Esta era a continuação que gostaria de ver no teu poema, até porque o teu último verso abre a porta para passar do lamento a um novo alento.
18 Março 2012
ResponderEliminarNada é mais precioso que o nada que nos pertence. Estou admirado, profundamente admirado
A consciência de que nada nos pertence,
ResponderEliminarnem ninguém,
é sinónimo de enorme fadiga interior
que também já conheci.
Não resolve nada de nada,
nem a nós, nem a outros
ao nosso redor.
Se não houver a consciência de nós
como um ente vivo e dinâmico -
mesmo que asfixiado por instantes -
e a sensação que, de algum modo,
nos podemos doar,
muito, pouco, assim-assim...
a vida escoa-se na brevidade de um voar
e nada ficou.
O vento se encarregará de apagar as marcas.
Esquecemos que existimos no coração de outros.
E é neles que existimos de facto, abençoados ou não.
Mas isso depende da forma como os aceitamos
e nos aceitamos.
Ás vezes esquecêmo-nos de "crescer por dentro"...