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03/02/2020

Igual e ùnica



 
Enovelo-me
nas próprias cismas
um emaranhado de espinhos
Em cada movimento me firo
sem saber se vou achar a saída
ou se vou mergulhar mais fundo

Contraio-me
como se fosse possível
adentrar as próprias entranhas
rasgar passagens
que me levem ao cerne

Afago-me
na imagem de um colo
que me protege desse frio
insuportável
que é reconhecer-se único

Ninguém sabe de mim
nem eu

***
2011-01-13
nn(in)metamorphosis




5 comentários:

  1. Ahhhhhhhhhhhh.
    Agora não tenho dúvidas.
    Quando as pessoas começam a achar-se únicas,
    se perdem de si e sentem muito frio, :)
    perderam foi a cabeça, coração,
    entranhas e tudo...
    ...numa perdida paixão!

    As melhoras, Non! :)

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    1. ahahahah só tu!
      Isto são aproveitamentos, para colmatar o marasmo. O ânimo voltará lá para os finais da Primavera, entretanto mantenho-me de pena caída, tinteiro entornado, e macambuzia. Não me saí nada de jeito.

      Melhoras? Nem gripada estou :-)

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  2. Eu agarrava em ti e colocava-te de castigo ao sol, em frente ao mar e só te deixava de lá sair depois de brotar de ti um poema pleno de mar, de sol, de areia e com o sabor das ondas e todos os demais artifícios que usas nas tuas belas poesias...

    Esta última, é claramente uma das mais belas que por aqui li... há que dizer a verdade.

    Agora, está sol lá fora, os dias estão maiores... a primavera a caminho... veste roupagens de li, está na hora de renascer das cinzas (sorrisos)

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    1. Tu Também!
      Consegues imaginar o que estar ao sol desde 2011?

      ahahahah, boa tarde Sam

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  3. Miúda! Está sol, põe a perninha de fora e aproveita para animar. Beijinhos muitos

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