É no seu pranto que mergulha a alegria
No silêncio do seu canto, luz de outrora
Descrente de uma louca fantasia
Que como um lobo esfaimado a devora
Fez da pele um retalho de agonia
Abandonada pelo sonho, luz ausente
No seu grito emudeceu a melodia
E do sangue se fez lodo sem corrente
Quem a salva desta podre decadência
Ser ou ente que intervenha, até a morte
Nem orgulho já lhe resta, só demência
Entrega a alma ao devir ou mesmo à sorte
Mira em volta, num torpor embaciado
No degredo do deserto em que desmaia
Por desprezo do seu próprio desalento
Quase cega, resta um sopro desfigurado
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2006-09-15
nn(in)metamorphosis
nn(in)metamorphosis
Muito lindo, minha poetisa inspirada! Mas hoje não é dia de desalento e sim de alegria. Venceste mais um ano, não venceste??? Outros virão, e façamos figas para que sejam melhores. Carpe diem, sê feliz, que tu mereces. Beijinhos
ResponderEliminarÉ o último ano em que faço anos neste dia, a partir de agora, vou respeitar o BI mesmo que errado :))
EliminarEu sabia,...
ResponderEliminarNo fundo és uma poetisa!
(fora de brincadeiras, gostei muito)
:)
Foste brilhante!
ResponderEliminarQue inspiração...
Se há um sopro, há esperança.
ResponderEliminarBeijos, noname. :)
Esperança, o último sopro
Eliminar:=)