Carreguei no botão do PC, que respirou soltando aquele pip com que diz , aí vou eu. Não sabia
o que ia fazer e por onde começar. Na verdade, não me apetecia começar nem
acabar nada. Como sempre, findo o Verão, a letargia toma-me o pulso e quando o
Inverno se instala, o ritmo cardíaco baixa drasticamente, e surge um cansaço de
tudo e de nada. Hoje, por exemplo, não me apetecendo nada, apetecia-me ser:
Som de música, olhos de certezas, dona do tempo, 2pontos
parágrafo travessão de uma história, traço firme de uma imagem, valsa de Strauss,
bolero de Ravel, decididamente, apetecia-me ser tudo aquilo que não posso ser.
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nn(in)metamorphosis
Bem melhor que apetecer não ser nada...
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