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27/01/2013

Apetece-me




Apetece-me
a ternura docemente
o afago da voz quente
suave, delicadamente
soprado na minha pele
Apetece-me
beija-me os olhos, a boca
desenha com a ponta dos dedos
assim, sem mais receios
o contorno dos meus seios
Apetece-me
deixa que me revele
mesmo que no embaraço
sufocado no abraço
em que te unes a mim
Apetece-me
e olho-te travessa
deixo que o sorrir te enlouqueça
em sonhos de mel e jasmim
Apetece-me

*****
 2012.01.27
nn(in)metamorphosis

3 comentários:

  1. O toque, a pele, o impacto do momento...
    Muito sensual a tua poesia, parabéns.

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  2. Vês? Não estou de acordo em que o poema acima seja
    muito sensual.
    Se fala de ternura o toque, o abraço, é natural
    exigência que só a distância impede.
    É dos poemas mais lindos que tenho encontrado nestas tuas páginas.
    E... sabes?Quase me apetece dizer em surdina: Apetece-me

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  3. Apetecem-me os teus apetites.

    Apetece-me uma refeição pelo que está fora do prato, apetece-me um bom vinho pelo olhar que não cabe no copo, um bom doce final partilhado com a mesma colher.

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