Olho-me de dentro para fora
E vejo com alegria
O quanto me dei
Mesmo fora da romaria
O ombro que dei,
foi doce
As palavras que proferi,
nem sempre meigas, mas verdadeiras
O olhar foi cristalino
O abraço apertado, dado
em bicos dos pés
O sorriso leal,
aberto, em dentes, duas fileiras
O amor sentido
mesmo que de sentido único
A mão estendida, aberta para cima
de orgulho e de alarde despida
O que plantei, no meu jardim
brotou
floriu
E foi seguindo caminho
Comigo, mas sem me levar a mim
Olho-me de fora para dentro
Afastei-me
mesmo estando parada
Com caminho feito
e passos cansados
Regresso a mim
*****
2012.06.27
nn(in)metamorphosis
nn(in)metamorphosis
É sempre doce regressar a casa... à "nossa" casa.
ResponderEliminarE bom saber-se que não se semeou em vão...
A semente que germinou é porque foi cuidada. Que a terra, a chuva e o sol são criadores. E dão vida às mais belas flores.
É o único caminho, voltares a ser tu própria, com a tua única individualidade....
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