Diz-me se te surpreendem estes versos
que se levantam cedo para contemplar a manhã
dorida, alimentando os pássaros com a luz dos séculos,
essa longínqua luz que arde agora brevemente
nas tuas pupilas. Diz-me, meu amor,
se te surpreendem os meus olhos nos teus olhos,
a minha boca na tua boca,
as minhas mãos nas tuas mãos,
a minha vida na tua vida.
Diz-me...
que se levantam cedo para contemplar a manhã
dorida, alimentando os pássaros com a luz dos séculos,
essa longínqua luz que arde agora brevemente
nas tuas pupilas. Diz-me, meu amor,
se te surpreendem os meus olhos nos teus olhos,
a minha boca na tua boca,
as minhas mãos nas tuas mãos,
a minha vida na tua vida.
Diz-me...
Joaquim Pessoa
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