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19/01/2022

Inverno

 

Arrefeceu de repente


rasgaram-se as nuvens negras
num tempo que nada poupa
e deixa a alma tremente
 
A noite já rasa, e  pede  calor de lareira
nas labaredas  acordo os sonhos
nas cinzas adormeço as incertezas
morre um toro incandescente de oliveira
 
Escuto, já não ouço o vento
nem a chuva a tamborilar no telhado
resta agora no ar frio o silêncio
e uma tristeza que toma assento
 
Inverno, frio de arrepiar
quem me dera já o sol
aromas adocicados
céu azul pássaros e mar

 

 ***

2022-01-09 

noname-metamorphosis



6 comentários:

  1. A dois meses de dar lugar à Primavera, o 'general' Inverno mostra a sua raça.
    Boa tarde, dona no.

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  2. Mas há o aconchego da lareira, noname. :)

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  3. Poema lindíssimo que me deliciou o ego, ler. A verdade é que tem feito muito frio. Acredito que nas aldeias do interior, mais desertas, as geadas noturnas, se prolonguem pela manhã e dia, pois o sol anda um pouco calmo e com alguma "vergonha" em aparecer..
    .
    Saudações poéticas

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  4. Gostei do poema. Embora frio :)

    Beijos, boa noite.

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  5. Estou consigo, principalmente nos últimos versos.
    Acho que nunca tive tanto frio como neste inverno.

    Um beijinho

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  6. Que saudades de por aqui andar e ler a tua inspiração que me faz já pensar numas palavras paralelas...

    Tenho saudades do sol, nunca gostei do frio (acho).

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