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27/05/2013

No escurinho do cinema






As mulheres da minha idade aprenderam a amar no escurinho do cinema. Por isso, somos tão idealistas, tão românticas, tão solitárias, mesmo que acompanhadas, ainda assim, estamos quase sempre sozinhas, porque o nosso elo mais estreito é com o sonho e não com as pessoas. 

Sonhamos acordadas, amamos dormindo.

Cantamos á chuva por absoluta busca pelo sublime.

No inconsciente, estamos de mãos dadas com: Marlon Brando e Maria Schneider ou Clark Gable e Vivien Leigh

Mas também há, as que não gostam de cinema e as que desaprenderam de amar sentadas á frente da televisão.


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27.05.2013
nn(in)metamorphosis

4 comentários:

  1. Ninguém desaprende de amar,por vezes o desamor é que toma conta de nós.
    Ser romântica, esperar carinho e gestos de amor é legítimo até para o mais longo dos amores.
    Continua a sonhar e o amor ganha outros caminhos.
    Beijo.

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  2. ....mas se desaprenderam é porque tiveram motivos para isso....a vida tem destas coisas....mas de repente tb pode dar uma grande volta....e a capacidade de amar está onde sempre esteve e pronta a despertar....;)

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  3. noktua30/5/13

    No escurinho do cinema, nos bancos de jardim,quando parecia que era sempre Primavera, e os aromas, as cores e os sons eram diferentes....Podia ser um sonho uma travessia do Tejo, feita a dois, num velho cacilheiro...Esperar carinho e gestos de amor até para o mais longo dos amores pode ser legítimo, mas é quase uma utopia (o "quase" é uma réstia de esperança)....A verdade é que nada é eterno, que a rotina se instala, os hábitos são todos conhecidos. Não há surpresas,não há sonho. Há um importante (pq são sempre importantes) desafio de futebol, há uma estúpida novela ou ainda um mais estúpido concurso, que preenche o silêncio e ajuda a passar o tempo até serem horas de ir para a cama, onde já não há amantes, mas pessoas de família.

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  4. Nem sei que dizer-te ou dizer-vos.
    N
    Primeiro: não me reconheço neste retrato de uma moça do meu tempo: não namorei no cinema - raro lá ia e nunca acompanhada por um namorado - assim como nunca sonhei com nenhum artista de cinema ou me imaginei na pele de uma artista, pelo que concluo não ser fantasiosa.
    Segundo: amei durante anos os que me foram queridos, atravessei madrugadas para os acompanhar, mas o tempo vingou-se ferozmente na minha pobre carcaça que vai virando pó de dia para dia.
    E preciso dormir para me recuperar do esforço.
    Ou o motor da carcaça não aguenta e não sei para o que estou ainda guardada...
    De gestos de ternura todos precisamos, uns mais do que outros, é certo.
    Mas... até nisso discordo, pois habituei-me a passar sem eles.
    Como vêdes: "escurinho de cinema"... não me diz literalmente nada. Nada de palpável.. Nada para recordar.
    Beijo.

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