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31/03/2012

Dislexia

Vivemos num mundo em que a palavra ganhou asas pela rapidez com que é difundida, emagreceu pela quantidade de letras que lhe é suprimida tantos que são os q, qd, pq, td, bj, é violentada pela substituição...

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        2012.03.31
nn(in)metamorphosis

Insanidade


A insanidade tem o seu fascínio, nunca é repetitiva e também é imprevisível...  Só ela ajuda a suportar o morno em que a vida se transforma...

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        2012.03.31
nn(in)metamorphosis


30/03/2012

Diz-me...



Diz-me…
Tens tu,

Abraços que morreram em ti mesmo?
Beijos mordidos na própria boca?
Desejos aprisionados na fantasia?
Lágrimas que nasceram risos?
Olhares que morreram antes de chegar?
Palavras que não chegaram a ser?
Ternuras que se afogaram em si mesmas?
Vontades que se ficaram no intuito?

Não,
Não digas!
Apenas chora comigo

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            2012.03.30
      nn(in)metamorphosis 




Hoje sou saudade


23/03/2012

Espaços em branco

Os espaços em branco são lugares perfeitos... Adoro reticências, abuso delas na minha forma de expressão... É lá que se escondem as minhas subliminares apostas nos sonhos, os segredos bem guardados...

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      2012.03.23
nn(in)metamorphosis


Chocolate apimentado



Da tua boca tomo o gosto
do sabor apresentado,
que se mistura no meu,
e no beijo se traduz, chocolate
apimentado
E o meu corpo se incendeia
se por ele em devaneio
a tua mão se passeia
Perco o rumo, perco a ideia
fico brasa incandescente
fico loba sendo gente
prato cheio à nossa fome
de doçura apimentada
de malicias e caricias
Odor forte qu’ enche o ar
do amor feito, acabado
chocolate
apimentado

Mas se de novo nasce beijo…

Da tua boca tomo o gosto
do sabor apresentado,
que se mistura no meu,
e no beijo se traduz chocolate
apimentado (…)

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2012.03.23
nn(in)metamorphosis



18/03/2012

Insónia

Existe uma vaga petulância no torpor de uma insónia. Milhares de pensamentos e imagens atravessam-nos a mente qual rua plena de bulícios de cidade, uma sensação de descolar o corpo da mente…

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       2012.03.18
nn(in)metamorphosis

17/03/2012

Sem omissões

Tenho procurado sempre, por algo que nunca conseguia ver em mim. Segundos, minutos, horas, meses, anos...  A tentar encontrar o que sempre esteve aqui. A tentar ser exactamente aquilo que sou
Sem dor, sem mágoa, sem esforço
Apenas sem omissões
Agora… eu estou a conseguir

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        2012.03.17
nn(in)metamorphosis


29/02/2012

Diz-me ao ouvido



Diz-me ao ouvido,
sussurradas palavras que me deixem sem jeito
Beija-me a nuca e sem pensar no futuro,
diz que me amas
Deixa o teu corpo perdido no meu,
espalha  alegria, me contagia
E nesse teu jeito tão particular de ser homem,
se encaixa perfeito este meu jeito de ser mulher

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2012.02.29
nn(in)metamorphosis


26/02/2012

A perpetuação dos sentidos

Sim... Seria ideal a perpetuação dos sentidos a que me atrevo nas ambições expressas nos poemas delirados...na realidade em que vivo, aprendo a apreciar a cada dia que passa, o mágico segundo de eternidade...

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        2012.02.25
nn (in) metamorphosis


19/01/2012

Silêncios incendiários

Há momentos em que amordaço as palavras,  aquelas que queimam tudo o que tocam…  e vivo o silêncio.

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2012.01.19
nn (in) metamorphosis




26/12/2011

Sinto falta...




Sinto falta… 
muita falta
daquele sorriso
que surge simplesmente
por pura felicidade


dos que teimam em escapar
pelos cantos da boca
que iluminam o dia
com a luz que trazem
lá de dentro
do fundo do coração
da alma em festa...

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2011.12.26
nn (in) metamorphosis

17/12/2011

Busco



Busco nos olhos o gosto do sorriso...

Busco no toque o gosto da pele...

Busco no cheiro a sensibilidade da alma...

Busco em cada noite fria o calor do dia...

Busco no dia o fresco da noite, mas sem perder o brilho da manhã...


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17.12.2011
nn (in) metamorphosis

02/12/2011

África

Sinto no peito bater tão forte,
Saudade da terra que fascina,
Onde vi jogos de vida e morte,
Entre gentes de alma cristalina!

Provei teu chão, terra abençoada,
Mata hostil, repleta de surpresas,
Senti o calor da tua queimada,
E esse fogo deixou minh’alma acesa!

Teu povo, nativo, só me encantou,
Em cantos, lendas, saber alquebrado,
Tua côr e negrura meu sêr inundou,
Num breve romance, de sonhos bordado!

Bate no peito teu ritmo marcado,
Teu balanço embala o meu sêr,
Com batuque, qual hino encantado,
Da fibra e da força do teu vivêr!

Dás na dança, a imagem da vida,
Tradições, em teus sensuais maneios,
Na machamba, a tua comida,
E, na mata, teu fim, ... e teus meios!!
ÁFRICA ! ! !

MARIO RESENDE



Poema enviado por: 6ª feira