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28/03/2017

Dos fragmentos de um todo



Sou, somos, fragmentos de um todo. Qual bagagem, sou feita das coisas que somei na vida. Sou mala recheada de todas as lágrimas e todos os risos; de todas as saudades, e todas as alegrias; de todas as derrotas, e todas as conquistas; de todas as nódoas negras que me recordam os tombos, e de todas as victórias a cada levantar. Na mala todo um manancial emocional, material e sensorial, peças de um todo que, sozinhas, não fazem qualquer sentido. 

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2017-03-28
nn(in)metamorphosis

20/03/2017

Das certezas




Nunca lhe chegara o exílio nas palavras escritas
Queria-o a viver na sua pele


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2017-03-20
nn(in)metamorphosis 

08/03/2017

Tou consigo e não largo Sô D. Helena

fio de prumo: Mulher:

Quase todas as chamadas discriminações positivas têm em mim efeito contrário ao pretendido.  No dia de hoje é comum celebra-lo como sendo dedicado às Mulheres. A todas, sejam trabalhadoras ou ociosas, bonitas ou feias, inteligentes ou burras. Isto é, entende-se que o género feminino carece de atenção especial um dia no ano, algo que se assemelha ao grito de vida de quem possa sentir-se ostracizado nos restantes 364 dias.
Não esqueço, claro, o simbolismo do dia e o que ele representa, como não esqueço o que o sistema de quotas pretende atingir. Porém, o papel do género feminino sofreu transformações profundas e são estas que, a meu ver, alteram o significado do dia.
A "luta" das mulheres tem, agora, contornos bem diferentes e são esses que, do meu ponto de vista, convinha destacar e tentar resolver. Tempo houve, em que a sua "masculinização" foi uma etapa considerada necessária, frente a um mundo laboral dominado pelos homens. Essa fase está ultrapassada e aquilo de que nós hoje carecemos é, sobretudo, que nos não seja vedado o acesso aos postos de decisão, em completa igualdade de circunstâncias. Para isso, mais do que dar benefícios ao género feminino, importa repartir de forma paritária, aqueles de que o sexo masculino, até hoje, beneficia. Trata-se, afinal, da merecida partilha de deveres e de direitos que, esses sim, não se modificam consoante o género!
HSC

06/03/2017

e 1 e 2 e 3 - insiste




Não sou fã de ginásios, das máquinas, dos exercícios repetitivos e solitários, por isso há muito que pus essa opção de lado. Eu sei, quase todos têm aulas de grupo, mais animadas mas, quase sempre, a horas que não me convêm. Gosto de caminhar, mas o medo dos cachorros abandonados, ou simplesmente dos a quem os donos abrem a porta, sem os acompanhar, impede-me de o fazer com alegria e despreocupação. Estava exactamente a falar com uma conhecida sobre este assunto, quando ela me diz: já foste ver o que se faz ali na igreja? As aulas são animadíssimas, sempre musicadas, e de vez em quando até dão aula de zumba. A sério, retorqui eu, que ando neste mundo por ver andar os eléctricos e nunca sei o que se passa à minha volta. Sim, insistiu ela, já lá vou há uns dois anos. A sério, volto eu a exclamar de boca aberta, nunca soube nada disso. Talvez se deva por não ir à missa, e quase só dormir por aqui. Ela lá me informou dos dias e do horário - Fui lá hoje, com a finalidade de assistir a uma aula e ver se era a minha praia. Ao entrar dei logo de caras com ela - não com a minha conhecida, embora ela lá estivesse também - Tu por aqui? és tu que ministras  as aulas? sou, a paróquia convidou-me e uns tostões extra ginásio faz sempre jeito, não é?  Acabei a fazer uma aula experimental, com uma turma, como dizer... assim tipo brigada reumatóide mas, que se mexe muito bem, dentro das suas limitações, altamente divertida, cantam, dançam, querem lá saber da respiração ou dos exercícios bem feitos, a preocupação maior é mexerem-se para além dos olhos. No fim a prof veio ter comigo e disse: precisam mexer-se, sair de casa, é uma pena que gente mais nova não adira, dava-lhes outra dinâmica. Convenceu-me, vou experimentar um mês, o horário é óptimo e talvez a prof tenha razão, quando diz que: cada um colhe da aula o que pode ou o que quer.

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2017-03-06
nn/in)metamorphosis



03/03/2017

Dos manifestos



A manifesta inconstância da motivação e inspiração da escrita, não me revela a perda da capacidade de reproduzir, em voz ordenada por sílabas, os pensamentos que existem em permanência de furacão.

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2017.03.03 
nn(in)metamorphosis