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30/10/2015

Quem era?




Era e não era, no meio da ponte
Era nim, nem não nem sim
Era uma vez, e outra e mais outra
Era pau, para toda a obra
Era procura, em ser melhor
Era míope, e via longe
Era caminho, despido de destino
Era lunática, e vivia na terra
Era trabalhadora, mas não tinha patrão
Era musical, e não sabia uma nota
Era só olhos, quando se maravilhava
Era tristeza, nas imagens de fome
Era revolta, na página politica
Era insegura, nas multidões
Era firmeza, quando decidia
Era amiga, de tirar a camisa
Era irmã, sem religião nem cor
Era criança, na areia da praia
Era saudade, na linha do horizonte
Era ausente, de significado e órfã de razão
Era algo perdido, no meio do nada
Era mais uma, na multidão de iguais
 nada mais


*****
2015-30-10
nn(in)metamorphosis



4 comentários:

  1. Era bom que existisse tal multidão de iguais a ela…

    Beijinho,
    FATifer

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    Respostas
    1. E há! Só ainda não deram por isso. Estão no tempo de se acharem perfeitos

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  2. Eras tu?
    Que bonito. No fundo todos somos mais um no meio da multidão. Cabe-nos mudar um pouco isso. Beijinho :)

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    Respostas
    1. Cabe à multidão, deixar-se agigantar, olhando para além do umbigo
      Digo eu, nesta mania de dizer coisas
      :=))

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