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03/09/2013

Cantigas ao desafio XXIV

      A cena repetida

Há tristezas sem razão

E há razões para a tristeza
Há repetições sentidas
Sempre de forma diferente
Há alegrias desconcertantes
E desconcertantes surpresas
Há sons que marcam imagens
E há os suspiros
E os espelhos partidos
Há o levantar
O refazer a vida
O arriscar de novo
O redescobrir
O passo hesitante
O reinventar da paixão
A novidade repetida
A dor e o calor, a admiração

O sonho de não ser um pesadelo

Os sorrisos tolos a meio da tarde
Quando o som do telemóvel indica mensagem
O olhar agarotado no encontro
E a tristeza olhada na despedida
Mais o sorriso da certeza do reencontro
A incerteza quase certa
E a incógnita : Será que é desta?
 
      2013.08.02 - vc
(Cópia integral e autorizada)
           ******

            Paixão


Ah! o estado de paixão
aquele, de paixão apaixonada
não por isto ou por aquilo
mas por gente com nome e morada
E tira o sono
e sorri à toa
e até o que era mau
é agora, coisa boa
E o amor
de bobo, assim chamado
é agora,  bolbo nado
em canteiro florido
por esperas e certezas
de duvida em si contido
Que acontece ao coração?
disparou? terá parado?
pelo toque de mensagem
agora mesmo chegado?
Ah! o estado de paixão
aquele, de paixão apaixonada
que é eterno enquanto dura
e perdura a ilusão
Que bate, rebate e grita
nessa vontade infinita
que nasce de dentro da noite
que geme, chora e se agita
nos acordes vadios… de um som
 
       2013.09.03
nn(in)metamorphosis