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29/12/2012

Esperança




ANO NOVO


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?

E ela lhes dirá
( É preciso dizer-lhes tudo de novo ! )

Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:

— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...



Recebi da: AlwaysElis

( Mario Quintana )
Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998.


2 comentários:

  1. Nunca se deve matar a Esperança quando surge envolvida pelo amor, escondido, rasteirinho...mas real. Mas concreto.
    Beijo com muito amor p'ra TU.

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  2. noktua29/12/12

    Que o voo seja suave e o poisar doce, e ela dure por toda a eternidade!

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