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29/07/2011

Viajante fatigada

Viajante fatigada
E de meu, não tenho nada
 
Só a saudade estafada
Só a tristeza agressiva
Que me abate a cada instante
Que leva meu sopro de vida
  
Nem sou filha
Nem sou mãe
 
Sou o sul não tendo o norte  
Sou solidão ambulante
Das tristezas desta vida
Só me livra a própria morte
 
Viajante fatigada
E de meu, não tenho nada
Mas esse nada… é meu!

*****
nn(in)metamorphosis
2011.07.28


5 comentários:

  1. isso logo te passa.há dias assim, as minhas sextas que o digam lol

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  2. Manuela Melo31/1/12

    Todos os dias me soam mais ou menos assim....

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  3. Euosorio29/7/12

    30 Junho 2012

    E vencida a fadiga
    enchê-lo-ei de vida…
    nova vida… minha!

    Esta era a continuação que gostaria de ver no teu poema, até porque o teu último verso abre a porta para passar do lamento a um novo alento.

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  4. 18 Março 2012

    Nada é mais precioso que o nada que nos pertence. Estou admirado, profundamente admirado

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  5. A consciência de que nada nos pertence,
    nem ninguém,
    é sinónimo de enorme fadiga interior
    que também já conheci.
    Não resolve nada de nada,
    nem a nós, nem a outros
    ao nosso redor.
    Se não houver a consciência de nós
    como um ente vivo e dinâmico -
    mesmo que asfixiado por instantes -
    e a sensação que, de algum modo,
    nos podemos doar,
    muito, pouco, assim-assim...
    a vida escoa-se na brevidade de um voar
    e nada ficou.
    O vento se encarregará de apagar as marcas.
    Esquecemos que existimos no coração de outros.
    E é neles que existimos de facto, abençoados ou não.
    Mas isso depende da forma como os aceitamos
    e nos aceitamos.
    Ás vezes esquecêmo-nos de "crescer por dentro"...

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